O EDTA Dissódico ou Tetrassódico também pode aparecer nos rótulos de cosméticos e produtos de limpeza com o nome de ácido etilenodiaminotetracético, ou simplesmente EDTA.
É um composto orgânico de alta pureza que possui ação quelante, ou seja, é uma substância com capacidade de fixar íons metálicos, formando um complexo (quelato), solúvel e não tóxico.
O EDTA tem a capacidade de se ligar aos íons metálicos como cálcio, magnésio, ferro, manganês e cobre, que são elementos comumente encontrados na água, por exemplo, e que se agregam a sua estrutura reduzindo a reação destes metais com outros elementos das fórmulas. Esta ação é importante em uma formulação para evitar alterações nas fragrâncias e na aparência, assim como impedir a degradação de ativos vegetais e diminuir a oxidação. De forma geral, quando usado e armazenado de maneira adequada, ele auxilia na estabilidade da composição, com maior duração de sua validade, evitando a perda de suas funções. Isso é muito importante, pois produtos de limpeza e cosméticos não costumam ser consumidos rapidamente.
Mas se ele é uma matéria prima tão útil, por que encontramos tantos produtos que anunciam serem livres de EDTA? Será que ele apresenta algum tipo de toxicidade ou prejuízo à nossa saúde ou ao meio ambiente?
A princípio, a resposta é não. A concentração de uso deste componente é muito pequena (entre 0,01 e 0,1%) e ele apresenta baixa toxicidade e absorção pela pele. No entanto, ele pode aumentar a penetração de outros componentes. Ou seja, em si ele não representa risco, mas pode aumentar a toxicidade de outros elementos presentes em uma formulação.
Por isso é importante sempre estar atento aos rótulos: um produto pode ser livre de EDTA e representar risco por conter outros componentes tóxicos que teriam sua absorção aumentada. Outros podem conter o EDTA e serem recomendados, por conter matérias primas potencialmente tóxicas pois neste caso o EDTA é um componente amigo que ajuda a conservar o produto.