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Num zuni, que zuni Lá vão pro jardim Brincar com a cravina Roçar com o jasmin (Moraes Moreira)
As abelhas são animais invertebrados pertencentes ao filo Arthropoda, classe Insecta, ordem Hymenoptera e família Apideae. São milhares de espécies e vivem em grandes colônias que podem ter até 80.000 indivíduos. Elas vivem em sociedades complexas divididas em castas com diferentes funções e regidas pela cooperação. Nenhum indivíduo dá o tom. As abelhas que querem estimular algo, inspiram as outras a cumprir a tarefa com sucesso extraordinário. O notório esmero das abelhas se transformou em um símbolo. A abelha rainha tampouco controla a colônia nesse contexto. Ela garante que haja coesão e não é mais que uma servente com suas próprias tarefas. Essa característica esteve profundamente ancorada na essência da colônia por milhares de anos. Esse é precisamente o motivo pelo qual consideramos as abelhas insetos sociais. Em linguagem popular, são chamados de superorganismos
Nesse espírito de cooperação, as abelhas exercem um papel fundamental no meio ambiente, participando das reprodução das plantas e são extremamente importantes para o equilíbrio da flora. 🌿
Há registros da relação delas com o desenvolvimento das sociedade humanas há muito tempo. Existem desenhos rupestres que demonstram um homem colhendo mel. Os hindus há cerca de 6000 a.C, também já faziam uso do mel, assim como os sumérios 5.000 a.C. No antigo Egito há indícios que mostram uma criação de abelhas e também há referências sobre o uso medicinal e nas mumificações de mel e própolis.
No Brasil até por volta de 1840 só existiam abelhas nativas, sem ferrão, as meliponas. Os indígenas utilizavam o mel como adoçante natural e já tinham conhecimento do poder energético do mel. 🐝🍯
Os Astecas e os Maias cultivavam colmeias. Para estes, as abelhas eram tão importantes que tinham um deus para proteger suas criações.
Em 1839 o padre Antônio Carneiro desembarcou no Brasil trazendo as primeiras colmeias de abelhas portuguesas (Apis mellifera) e, pouco a pouco, a criação de abelhas sem ferrão foi sendo deixada de lado, já que as portuguesas produzem maior quantidade de mel em menor tempo.
As abelhas nativas, muito dependentes do ambiente em que vivem, costumam fazer seus ninhos em buracos ocos de troncos de árvores. Elas são de extrema importância para a reprodução da flora nacional, onde muitas plantas e frutas só podem ser polinizadas através destes pequenos insetos.
O desconhecimento aliado ao desmatamento fez com que muitas das espécies meliponas entrassem em risco de extinção e hoje sua criação comercial e por lazer é incentivada como uma boa alternativa de reverter este quadro. A criação de abelhas nativas sem ferrão ou abelhas indígenas (meliponicultura) é uma atividade que apresenta bom retorno para os pequenos agricultores e/ou agricultores familiares, pois auxilia na diversificação da renda, por meio da comercialização do mel e derivados, ao mesmo tempo em que preserva o meio ambiente, com a prestação de serviços ambientais, agregando valor à produção.
Entre as espécies locais cultivadas encontramos a tiúba, a jandaíra e a uruçu. A jataí, marmelada, mirim-guaçu, mirim-preguiça, iraí e mandaguari também são comuns em meliponários.
O manejo das abelhas nativas é mais simples, já que elas não possuem ferrão e, em sua maioria, são dóceis. Apesar de suas produções serem mais baixas, o mel produzido por elas é mais valorizado e possui mercado específico.
A Embrapa disponibiliza cursos gratuitos para a criação de pequenas colméias, inclusive com a possibilidade de criá-las em poucos espaços e também voltado para crianças.
https://www.biologianet.com/biodiversidade/abelhas.htm http://www.fewb.org.br/imagens/waldorf100/abelhas_arvores.pdf
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