O termo folclore provém de folk-lore, na língua inglesa folk significa "gente" ou "povo" e lore significa "conhecimento", passando a ter o significado de conhecimento tradicional de um povo. O termo foi usado pela primeira vez em uma carta enviada pelo arqueólogo Ambrose Merton à revista londrina “The Atheneum” e foi publicada em 22 de agosto de 1845. Em comemoração instituiu-se mundialmente o Dia do Folclore em 22 de agosto.
Durante muito tempo o folclore, assim como outras formas de conhecimento popular enquanto polar ao conhecimento científico, foi considerado como um conteúdo com menos valor e até menos verdadeiro. Com o passar do tempo e com muita pesquisa, começou-se a perceber o valor da tradição oral e muitos pesquisadores passaram a estudar as origens de histórias e costumes, se deparando com uma corrente sem fim de saberes, essencial para compreender a sociedade e o pensamento moderno. Hoje é considerado um importante instrumento de educação, como um bem imaterial, inclusive sendo protegido pela UNESCO.
Como percebemos, o folclore é uma manifestação cultural de origem popular que representa a identidade social de uma comunidade. É um conhecimento abrangente que passa de geração para geração oralmente e, por isso, muitas vezes tem várias versões e não se sabe ao certo onde e como teve seu início.
O folclore é essencial para que se conheça as raízes das sociedades, de onde vem nossos costumes e tradições. Em um país do tamanho do Brasil, o folclore se torna bastante variado de acordo com as características físicas, sociais e culturais de cada região. Um fator bastante influente no folclore brasileiro é a mistura de elementos africanos e indígenas.
Apesar de sua grande importância cultural e histórica, muitos desconhecem o folclore nacional e até o de sua região.
Em tempos modernos onde a informação corre desenfreada pelas redes sociais e pela internet, a tradição oral perde a voz e a vez. Principalmente entre os mais novos, que perderam o costume de sentar para ouvir as histórias, as músicas e lendas contadas pelos mais velhos. Às vezes pode parecer que o folclore é um assunto antigo e entediante, mas esta é uma impressão errônea , pois ele é surpreendente, divertido e dinâmico com muitas maneiras de o vivenciarmos.
O Brasil tem histórias riquíssimas e lindas em seu repertório que vão muito além do, dos nossos já conhecidos, Saci Pererê e da Mula sem cabeça. Histórias como do Cavalinho Branco, do Negrinho do Pastoreio e outras que trazem elementos fundamentais de nossas raízes e que tocam em assuntos relevantes de nossa história e da construção de nosso país e nossa identidade.
Muitas músicas que conhecemos são de origem folclórica, como Marinheiro sô, Peixe Vivo, O Cravo e a Rosa, Pombinha Branca e muitas outras. As danças também são lindas e cheias de histórias, temos o samba de roda da Bahia, o frevo de Recife, o cateretê e a quadrilha relacionados à vida no campo.
Com tanta informação e história um texto só é pouco para trazer um pedacinho que seja deste enorme e maravilhoso área de conhecimento. E é por isso que vamos trazer uma série de textos com recortes deste cenário ao longo das próximas semanas. E com um folclore tão rico e diversificado, gostaríamos muito de saber de vocês quais seres lendários e histórias vocês conhecem? E quais músicas e danças te encantam? Conte para a gente e vamos aumentar nosso repertório de folclore!
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