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Ipê




Região nativa: Brasil

Altura: 10 a 20 metros dependendo do bioma

Tipo: árvore

Uso: medicinal, prático e ornamental


Ipê roxo

desmente sozinho

o mês de agosto



O Ipê é uma árvore muito popular, espontânea ou cultivável, sem dúvida, muito bela! É na verdade um complexo de espécies com características semelhantes que possuem floração no inverno de cor branca, amarela ou em tons que vão do rosa ao roxo.



HISTÓRIA


O nome do ipê varia de acordo com a região do Brasil. O nome científico Tabebuia, de origem tupi-guarani, significa pau ou madeira que flutua. É denominada, pelos índios, de caxeta, árvore que nasce na zona litorânea do Brasil, cuja madeira resiste ao apodrecimento. Além de Ipê pode ser chamado também de pau d’arco, tapioca, Aipé, ipê-açu, entre muitos outros nomes populares.

O nome pau d’arco provém do uso dos índios de seus galhos para fabricarem arcos de caça em razão da boa qualidade de sua madeira.

O gênero Tabebuia (Bignoniaceae) sofreu inúmeras alterações em suas classificações ao longo de sua história, sendo recentemente dividido em três novos gêneros: Tabebuia, Handroanthus e Roseodendron

Durante o inverno, as folhas do ipê caem e a árvore fica completamente despida. Começa então a floração, sendo que cada cor tem predominância em um mês do inverno: o rosa e roxo em Junho e julho, o amarelo em agosto e o branco em setembro. Quanto mais frio e seco for o inverno, maior será a intensidade da florada.


Apesar de toda a exuberância de sua florada, um americano chamado George Lewis, em 1970, resolveu criar sua própria espécie de ipê. Não se sabe ao certo como, mas ele colocou o pólen do ipê do brejo (Handroanthus umbellatus) que tem flores amarelas, na flor do ipê rosa (Handroanthus heptaphyllus) e conseguiu, assim, algumas sementes que produziram o ipê-bicolor-damasco (Handroanthus × lewisii). Que tem flores rosadas com miolos amarelos quase dourados. As flores brotam amarelas e vão ganhando o rosado ao longo dos dias. No entanto, esta espécie foi plantada por ele em Los Angeles e por lá permaneceram, não sendo cultivadas aqui no Brasil.


Outras cores menos conhecidas também geram alguma discussão. É o caso do ipe vermelho ou púrpura, trata-se da espécie Tabebuia gemmiflora (Rizzini & A. Mattos), muito rara e encontrada ocasionalmente na caatinga e no alto do jequitinhonha.

Hoje a árvore símbolo do Brasil é o pau-brasil, mas até 1978 o ipê ocupava este posto.


USO


Pela beleza de suas flores e mesmo pelo porte, os ipês de flores amarelas são os mais apreciados e plantados em jardins e na arborização urbana. Suas flores atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores, o que o torna importante para a preservação dos ecossistemas locais.

Sua madeira é considerada de lei, sendo muito usada em estruturas de construções devido a sua resistência, mas também em móveis e objetos e detalhes decorativos por sua beleza. É uma madeira valiosa sendo comparada até ao mogno africano. No entanto é uma árvore considerada em risco e até 2019 fazia parte da lista de espécies ameaçadas da Convenção Sobre o Comércio de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem. Exatamente por sua exuberância é facilmente identificada no meio da mata. Mas em agosto deste ano, o próprio governo brasileiro pediu que a convenção retirasse a espécie da lista, mesmo com os pareceres contrários dos especialista O Ipê roxo tem em sua constituição saponinas esteroidais, resinas, quinonas entre outras substâncias bioativas. Existem várias pesquisas envolvendo ações anticoagulantes, anti-tumorais (inclusive com casos de remissão e diversos relatos da diminuição de dor), antimicrobianos inclusive bactérias granm +, fungos, vírus,e parasitas. O uso requer cuidado pois pode potencializar efeito de anticoagulantes, sendo contra indicado na gravidez e lactação Os índios paraguaios empregavam a parte interna do córtex para tratar artroses, tumores, problemas circulatórios e distúrbios intestinais.


CURIOSIDADE


Há mais de 20 anos atrás, em Porto Velho, Rondônia, um tronco de ipê amarelo foi usado pela companhia elétrica local para fazer um poste de luz. Os ipês são muito comuns na região e por isso muito usados para vários fins. Este, em especial, tinha sido serrado e fincado no chão, virando um poste. Mas para espanto de todos, após alguns meses, ele criou raízes e, no inverno, floresceu novamente! Feito que se repetiu todos os anos. Após um tempo todos os postes de madeira foram substituídos pelos de concreto, mas o ipê poste foi mantido e virou atração turística na cidade!



REZA A LENDA...


– Quando Deus estava preparando o mundo, se reuniu em uma tarde com todas as árvores. Ele pediu para que cada árvore escolhesse que época gostaria de florescer e embelezar a terra. Foi aquela alegria. Outono, verão, Primavera, diziam! Porém Deus observou que nem uma escolhia a estação do inverno. Então Deus parou a reunião e perguntou: – Por que ninguém escolhe a época do inverno?!? Cada um tinha sua razão. Muito seco! muito frio! muita queimada! Então Deus pediu um favor. Eu preciso de pelo menos uma árvore, que embeleze o inverno, que seja corajosa, para enfrentar o frio, a seca e as queimadas e no frio embelezar o mundo… Todos ficaram em silêncio. Foi então que uma árvore quietinha lá no fundo, balançou as folhas e disse: – Eu vou!… E Deus com um sorriso perguntou: – Qual seu nome, minha filha?! Me chamo Ipê, senhor! As outras árvores ficaram espantadas com a coragem do Ipê em querer florescer no inverno. Então Deus respondeu: – Por atender meu pedido farei com que você floresça no inverno não só com uma cor. Para que também no inverno o mundo seja colorido. Como agradecimento, terás diferentes cores e texturas, sua linhagem será enorme. E assim Deus fez uma das mais lindas árvores que da cor ao inverno. E por isso temos os Ipês:



CARACTERÍSTICAS


Divisão: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Ordem: Lamiales como a Verbena

Família: Bignoniaceae como o Jacaranda

Género: Tabebuia, Handroanthus e Roseodendron

Espécie:diversas

Árvore caducifólia com porte que varia de 10 até 30 m de altura, forma irregular. É uma planta longeva atingindo até 800 anos. Espécie característica da mata primária na floresta pluvial atlântica. Sua dispersão é ampla, podendo ocorrer também em formações abertas. Sua propagação se fal por semente que são coletadas diretamente da árvore, quando começa a abertura espontânea dos frutos

Raiz - axial Folhas - Folhas verdes opostas, compostas, com 5 folíolos densamente pilosos, principalmente na face inferior que também é mais clara, de 4 a 9 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura, pecíolo de 3 a 5,5 cm de comprimento compostas de três folíolos ásperos e coriáceos. Flores - campanuladas amarelo-ouro reunidas em inflorescência terminal. Corola de diferentes cores, de 4 a 5,5 cm de comprimento; cálice tubuloso com glândulas. Frutos - Legume deiscente, em cápsula linear acuminada com tomento que se desprende com facilidade.



Leia mais em:

PEREIRA, A.M.S; FERRO, D - UCPMC – 2º Encontro avançado de plantas medicinais: 74-9, 2002 Monografias produzidas (ou impressas) pelo Núcleo Espírita Labor, Fé e Amor - Araxá, MG



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