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  • Cúrcuma

    Curcuma longa Família: Zingiberaceae Origem: Ásia Altura:130 a 150 centímetros Uso: ornamental, culinário, cosmético, medicinal A cúrcuma, também conhecida como turmérico, açafrão-da-terra ou açafrão-da- índia, é uma planta herbácea originária da Índia e do sudeste da Ásia, de nome científico Curcuma longa é uma planta herbácea da família do gengibre. Da sua raiz seca e moída se obtém uma especiaria homónima, utilizada como condimento ou corante de cor amarela e brilhante, na culinária e no preparo de medicamentos. HISTÓRIA A Cúrcuma (Curcuma longa) é originária da Índia e Sudeste Asiático, foi introduzida no Brasil há mais de 3 séculos, sendo amplamente cultivada para finalidade alimentar ou condimentar. Esta planta era utilizada na Índia desde 610 a. C., como corante para lãs, e ao longo da história foi usada também para colorir partes do corpo. É empregada como corante de alimentos em todo o mundo, principalmente como corante natural, como por exemplo, nas margarinas, queijos e temperos, sendo um dos componentes do "curry", usado na gastronomia indiana. Nativa da Ásia, a cúrcuma é cultivada há mais de dois mil anos em países como Índia, China e no Oriente Médio. Imigrantes a espalharam pelo mundo, mas foi nas regiões úmidas e tropicais que ela melhor se adaptou e proliferou. O nome cúrcuma provém do sânscrito kuṅkuma, através do árabe كركم, curcum ou do hebraico כרכֹם carcom. A palavra turmérico, por sua vez, tem seu primeiro registro no século XVI, oriunda do latim terra meritare, ou "terra meritória”. CURIOSIDADE Apesar de receber no Brasil o apelido de açafrão-da-terra, a cúrcuma é diferente do açafrão. São duas plantas, e temperos, completamente diferentes. O açafrão, também chamado de açafrão verdadeiro é uma especiaria extraída do estigma das flores da planta de nome científico Crocus sativus, originária da região do Mediterrâneo, tem um valor muito alto, (sendo considerado o condimento mais caro do mundo!) já que são necessárias 150 mil flores para se obter um quilo de açafrão seco - e os estigmas dessas flores precisam ser extraídos manualmente. REZA A LENDA No Egito, “reza a lenda”, que Cleópatra usava o açafrão em seus banhos como forma de atrair seus amantes. Já Alexandre o Grande, da Macedônia, o usava como anti-inflamatório para tratar suas feridas após inúmeras batalhas na conquista de outros reinos. USO O rizoma (caule de crescimento horizontal, geralmente subterrâneo) da cúrcuma é um dos ingredientes mais importantes do curry e várias outras masalas e compõe a base da culinária indiana e do Oriente Médio. Seu sabor pungente realça e dá cor aos alimentos. Também é usado na perfumaria e em produtos têxteis, como corante natural e também como planta ornamental: sua inflorescência é muito apreciada em arranjos florais pela duração. As folhas do vegetal são aromáticas e podem ser utilizadas na culinária. Elas podem ser empregadas para aromatizar receitas, o seu cheiro é semelhante ao da manga verde - elas servem também como embrulho para pratos como peixes assados e bolinhos de arroz. O prato indiano Patholi ou Kadabu, servido em festividades, utiliza as folhas longas de cúrcuma para embalar uma espécie de pamonha doce de arroz recheada de coco temperado com cardamomo. Rica em Ferro e manganes, a raiz é muito utilizada na medicina alternativa. Os principais componentes responsáveis pelo uso medicinal da planta são a curcumina e seus derivados. Por ser um princípio lipossoluvel, a ingestão da cúrcuma junto co algum alimento que tenha oleoso ou que tenha gordura potencializa sua absorção. Misturar ao leite ou leite de côco pode ser uma boa ideia! Outro potencializador da cúrcuma é a pimenta-preta (mais conhecida como pimenta-do-reino)! A bioperina, princípio ativo da pimenta-preta, potencializa a absorção da cúrcuma em mais de 20 vezes! O uso medicinal da cúrcuma é muito comum na medicina ayurvédica (sistema medicinal característico da Índia Antiga). É bastante conhecida por suas propriedades terapêuticas anti-inflamatória, antioxidante, analgésica e fortalecedora do sistema imunológico. É amplamente estudado para prevenção de diversas condições médicas. Diversos estudos relatam resultados positivos em relação à ação anti-inflamatória e antibacteriana na cúrcuma. As pesquisas revelam efeitos positivos em diversas formas de uso, como extratos, soluções e administração oral e intraperitoneal. A curcumina suprimiu uma grande variedade de micro-organismos em pesquisas in vitro, além de mostrar-se antiparasitária, antiespasmódica e estimular atividades de enzimas responsáveis pela digestão. Existem também experiências in vivo que mostram os potenciais efeitos anti-inflamatórios e antiparasitários da curcumina. De acordo com outra pesquisa, a curcumina também promove a desintoxicação do fígado e estimula a vesícula biliar a produzir bile. Pode ajudar a prevenir aterosclerose (o acúmulo de placas que podem bloquear artérias e levar a ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral), e auxiliar o tratamento de uveíte (uma inflamação da íris do olho). Ajuda a aliviar dores de dente e inchaços, auxilia no tratamento de gengivites e combate a bactéria que causa placa e cáries dentárias. CARACTERÍSTICAS Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Zingiberales Família: Zingiberaceae Gênero: Curcuma Rizoma tuberoso, oblongo e palmado, aromática, sabor ardente e amargo REFERÊNCIAS https://www.oficinadeervas.com.br/conteudo/curcuma-muito-mais-que-condimento https://www.escoladebotanica.com.br/post/cúrcuma-uma-especiaria-cheia-de-história https://www.ecycle.com.br/3596-acafrao-curcuma http://www.drifabrini.com/home/a-verdade-sobre-a-curcuma https://olivre.com.br/a-cor-da-saude

  • Copaíba

    Copaifera officinalis Região nativa: região tropical da América Latina e África Ocidental Tipo: Árvore Altura: de 10 a 40 metros Uso: Medicinal, Cosmético, Combustível, Fotografia A copaíba é uma árvore de grande porte que chegando a até 40 metros de altura e pode viver por até 400 anos. Também conhecida como pau-de-óleo e copaibeira, seu nome vem do termo tupi kupa'iwa que significa "Pau-de-óleo" ou “pau de depósito”, ambos em referência ao óleo extraído de seu caule. HISTÓRIA As árvores são encontradas em todos os trópicos, mas com maior incidência no Brasil, onde 16 espécies têm ampla distribuição. É uma árvore magnífica encontrada em áreas de transição do cerrado para a floresta latifoliar. Esse óleo-resina tem sido utilizado desde a época da chegada dos portugueses ao Brasil na medicina tradicional popular e silvícola para diversas finalidades. O óleo de copaíba com suas propriedades medicinais era utilizado para curar feridas de guerreiros após batalhas pelos índios latino-americanos e, também, para passar no coto umbilical de recém nascido. Dizem que este conhecimento veio da observação de que alguns animais feridos se esfregavam intencionalmente ao tronco das copaíbas para cicatrizar suas feridas. Através destas observações o uso da resina e do óleo de copaíba começou a se popularizar pelos freis jesuítas, viajantes e historiadores que disseminavam essas histórias. A primeira citação sobre o óleo de copaíba, provavelmente foi em 1534, quando Pethus Martins publicou uma carta ao Papa Leão X, que os índios usavam um remedio com o nome de copei. Na mesma época, o jesuíta José Acosta, publicava sobre os benefícios de cura e poder de cicatrização do óleo. Em meados do século XVI, Pero de Magalhães descreveu a eficácia do óleo de copaíba como analgésico e cicatrizante que tornou a planta conhecida em todo o mundo. Em 1648 a planta recebeu sua primeira descrição de aspectos morfológicos, com desenho e, também, recebeu o nome de copaíba, em um trabalho conjunto de MarcGrave e Piso. O primeiro ato regulamentando a extração da árvore foi feito pelo governo imperial em 1818, com o objetivo de minimizar a derrubada que vinha sendo feita de forma desenfreada. A partir deste ato a extração passou a ser permitida apenas pelo governo. Hoje se encontra como um dos mais importantes produtos naturais comercializados, sendo também exportado para Estados Unidos, França, Alemanha e Inglaterra. USO A copaíba (Copaifera sp) fornece o bálsamo ou óleo de copaíba, um líquido transparente e terapêutico, que é a seiva extraída mediante a aplicação de furos no tronco da árvore até atingir o cerne. O óleo da copaíba é, na verdade, um óleo resina, líquido transparente, viscoso e fluido, de sabor amargo com uma cor entre amarelo até marrom claro dourado. Cada árvore é capaz de liberar cerca de 55 litros de oleoresina. A extração do óleo deve ser realizada de forma adequada, para não prejudicar a vida da árvore. Atualmente, muitos fornecedores adotam o cuidado de realizar esta prática de forma sustentável e não agressiva, para evitar o desmatamento e possibilitar a recuperação da árvore para nova retirada de óleo. O óleo é retirado com o auxílio de um trado, que perfura o tronco, sem prejudicar a árvore. A extração do óleo de copaíba deve ser realizada em árvores antigas, com mais de 100 anos, e que possuam galhos secos no topo. Árvores novas não possuem óleo e podem ser gravemente prejudicadas caso sejam perfuradas. Quando o tronco é perfurado, o óleo começa a escorrer através do orifício e é recolhido em um recipiente. Após a coleta, o orifício deve ser vedado, de preferência com argila, para que não ocorram infecções e ataques de insetos à árvore. Somente após a recuperação da árvore, a vedação é retirada e realizada nova colheita do óleo. Por essa razão, é importante o consumo racional e sustentável, buscando-se sempre marcas que tenham cuidados na extração. Conhecida como o antibiótico da mata, é uma das plantas medicinais mais usadas na Amazônia, principalmente para tratar inflamações. A partir da casca é produzida também a tintura. Age como como um agente anti-séptico, desinfetante e antimicrobiano para usos internos e externos em infecções bacterianas. A árvore é usada na restauração de áreas degradadas, pois se adapta bem em vários tipos de solo.atrai aves e mamíferos. Com crescimento rápido e propagação por semente razoavelmente fácil. Utilizada como fonte de madeira por ter uma consistência dura e lisa, é usada na construção civil e naval, assim como em móveis e cercas. Em algumas regiões, o chá da casca é bastante utilizado como anti-inflamatório. Em Belém, a garrafada da casca está sendo utilizada como substituto do óleo de copaíba. A casca entra na composição de todos os lambedores ou xaropes para tosse. Nos Andes do Peru é utilizado para estrangúria, sífilis e catarros. Os principais sesquiterpenos que constituem o óleo-resina de copaíba são: β-cariophileno, α-copaeno, β-bisaboleno, α-trans-bergamotene, entre vários outros. Estes conferem ações antiinflamatória, antibacteriana, antifúngica, antiedêmica, analgésicas, anti-séptica, cicatrizante, antitumoral, antiviral, germicida, expectorante, diurético. Possui ação contra contra o reumatismo, psoríase, hemorragias, moléstias de pele, urticárias, pneumonia, eczema, paralisia, cefaléia, picada de cobra, sífilis, leishmaniose, e também como antitetânico, antiblenorrágico, antileucorréico, cercaricida. Em doses habituais em geral não apresenta efeitos danosos, embora deva ser evitado por grávidas e buscar sua ingestão junto a algum alimento leve. A super dosagem pode provocar náuseas, vômitos, diarreia, cólicas intestinais e Exantema. É ainda, como combustível para clarear a escuridão da noite, substituindo a função do tradicional óleo diesel nas lamparinas. Na indústria, esse óleo pode ser usado para fabricação de vernizes, perfumes, farmacêuticos e até para revelar fotografias. REZA A LENDA Há muito tempo atrás aconteceu um causo que virou a lenda de Curibá e Jaricó Copaíba. Curibá era um homem simples; com um coração muito bom, porém ele não sabia fazer algumas coisas que seus companheiros faziam com facilidade, tipo jogar bola, caçar ou pescar. Quando o grupo saía pra mata, a fim de caçar ou pescar, todos voltavam com suas sacolas cheias de peixes, e o pobre Curibá vinha sempre com as mãos abanando. Por este motivo, todos faziam piadas com o seu nome: “Hey Curibá, vai pescar ou dar banho na minhoca?”... “Curibá é melhor comprar o peixe no mercado para ter o que comer.” E caiam na gargalhada. Um dia, muito triste, Curibá foi pra mata, encostou-se no tronco de uma Copaibeira com muitos galhos, flores, repleta de sementes e ali começou a chorar. Suas lágrimas molharam as sementes e, de repente, de dentro de uma flor da majestosa Copaibeira surgiu um duende. Um homenzinho bem velhinho e simpático, com um chapéu verde-amarelo, uma longa barba fina que ia até o meio de sua barriga e um olhar amigo nos seus olhos. -“Aló, alô, aló! Chamou! Chamou?! Chegou o duende Jaricó! -Vim aqui para saber o motivo de tanta tristeza meu rapaz. Sei que é uma boa pessoa, não maltrata ninguém, ajuda quem precisa, então por qual motivo chora tanto? Curibá contou ao Jaricó o motivo de sua tristeza, das zombarias que faziam com ele, e o duende então lhe disse em tom solene: -Eu, Duende Jaricó Copaíba, vou deixar pra você, todos os dias, oito minhocas mágicas bem aqui neste buraco do tronco da Copaibeira, que vai fazer você pescar quantos peixes quiser. Só exijo uma coisa: leve pra casa só os peixes que precisar, mas se sobrar faça doação pro orfanato! Assim Curibá fez. Todos os dias pescava bastante e fazia o que Jaricó havia pedido. Este belo gesto tornou Curibá uma pessoa muita querida por todos, e as brincadeiras de mau gosto acabaram. Porém, seu cunhado, João Tarrafa, morria de inveja com o sucesso de Curibá. Um dia resolveu segui-lo e descobriu o segredo das minhocas mágicas. Por ser invejoso, resolveu roubá-las. Quando Curibá foi até o buraco da Copaibeira e não encontrou as iscas, ficou desesperado e chamou por Jaricó. Ouviu a voz do duende que dizia de maneira bem forte: -Oh Curibá, mesmo sem iscas corra até o rio e jogue o anzol. Vamos lá rapaz. Tenha Fé! Assim fez. Depois de um tempo sentiu que algo havia mordido o seu anzol. Pensou que fosse um peixe muito grande. Curibá lutou muito até que conseguiu tirá-lo da água e teve uma grande surpresa ao ver que não era um peixe e sim uma grande minhoca com a cara de João Tarrafa, que gritava e pedia pra sair dali. Então Curibá escutou novamente a voz do duende Jaricó: -Curibá, isto é um castigo pro seu cunhado João Tarrafa, pelo que ele te fez. Enquanto não pedir desculpas a você no laguinho do chafariz da praça, ele continuará uma minhoca, nojento e desprezado por todos. Depois disso, Curibá voltou a pescar e dava sempre uma parte do que conseguia para as crianças do orfanato. Seu cunhado, depois de pedir perdão em público por suas maldades, foi perdoado, mas passou a ser apelidado, pelo povo, de João Minhoca. Ainda nos dias de hoje, quando se encontra uma minhoca perto da milagrosa Copaibeira, a pessoa que a encontrou tem muita sorte na pescaria e sai dizendo, bem rimado: - "Bendito peixe, aló, alô, aló. Benditos amigos Curibá e Jaricó. Vou levar um peixe p'ra mamãe, Um p'ro irmãozinho e um p’ra vovó!" CARACTERÍSTICAS Divisão: Magnoliophyta como as Rosas Classe: Magnoliopsida como as Hortências Ordem: Fabales como a Acacia Familia: Fabaceae Gênero: Copaifera Árvore do dossel ou emergente, decídua ou semi-decídua, de médio porte, tolerante à seca e indicadora de vegetação primária e em estágio avançado de regeneração na transição entre restinga e outros tipos vegetacionais da Bahia. Apresenta crescimento lento (cerca de 4 metros em 8 anos) O tronco é cilíndrico, tortuoso e geralmente curto. A copa é densa, globosa e ramificação racemosa. A casca, de coloração avermelhada (jovem) e marrom (adulta), apresenta 17 mm de espessura, sendo que a casca interna, rosada, exala resina de sabor amargo. As folhas são compostas, alternas, paripinadas, com folíolos medindo 4 a 5 cm de comprimento e 2 a 3 cm de largura. A folhagem nova, cor rosa-clara é muito decorativa e importante para identificação. As flores estão dispostas em inflorescência paniculadas, terminais, multiflorais com média de 125 flores. As flores são hermafroditas, branco-esverdeadas a rosadas, medindo 0,5 cm de diâmetro. As pétalas são ausentes e o cálice é formado por quatro sépalas livres. Têm odor intenso, doce e suave desde a abertura, possuem néctar e são efêmeras apresentando senescência a partir do segundo dia. O fruto possui 4 a 5 cm de comprimento por 2 a 3 cm de largura, é uma vagem seca, unispermo, deiscente, estipitado, de coloração vermelha (jovem) e marrom (maduro). A semente tem 10 a 19 mm de comprimento por 7 a 10 mm de largura, apresentando coloração marrom, de formato elipsóide, envolta parcialmente por um arilo alaranjado. As sementes têm, armazenadas no cotilédones reservas amilóides, proteínas e óleos em abundância. Produtos Magna Mater com Copaifera officinalis REFERÊNCIAS https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/copaiba https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722009000400016&lng=pt&tlng=pt http://www.naturezaonline.com.br/natureza/conteudo/pdf/ http://wibajucm.blogspot.com/2015/07/a-lenda-de-curiba-e-jarico-copaiba.html Monografias impressas pelo Núcleo Espírita Labor, Fé e Amor - Araxá, MG https://naturdata.com/especies-portugal/taxon/0@1-plantae:magnoliophyta:magnoliopsida:fabales:fabaceae/

  • Argan

    Argania spinosa Área nativa: Sudoeste do Marrocos Tipo: Arvore Altura: até 10 metros Uso: cosmético, medicinal Conhecida como “Árvore da Vida” pelos povos indígenas do norte da África e inicialmente usado por seus inúmeros benefícios a saúde, essa árvore “espinhosa” (Argania spinosa) cresce exclusivamente no sudoeste do Marrocos (na planície de Souss), onde existem aproximadamente 21 milhões de árvores cobrindo quase 800 mil hectares. A planta é completamente adaptada às características naturais desta parte da Terra, sendo muito difícil de cultivar em outras regiões do mundo. Ela é considerada uma raridade, e, em 1998 foi declarada Reserva da Biosfera pela Unesco. A árvore da qual é extraído o óleo de argan pode alcançar até dez metros de altura e viver por 200 anos. O fruto tem aparência semelhante ao da oliveira e é de sua semente que se extrai o óleo. HISTÓRIA Por milênios, essa árvore verdadeiramente notável sobreviveu e sustentou a vida humana bem na orla do Deserto do Saara. Conhecida também como 'Árvore de Ferro', seu sistema de raízes profundas ajuda a prevenir a propagação do deserto. Primeiro, seu óleo de Argan foi usado pelos povos indígenas das Montanhas do Atlas como uma proteção ao clima extremamente árido, ventos fortes e sol ardente. Com o passar do tempo começou a ser usado em crianças e bebês como cura para assaduras e contra a coceira da catapora. Em geral, o processo de extração do óleo de argan é manual e tradicional, feito por mulheres marroquinas. As sementes são deixadas ao sol para secarem. Em seguida, são esmagadas e prensadas em um moinho de pedra - onde se extrai o óleo. Por muitos anos, as mulheres marroquinas não podiam sair de casa para trabalhar. Devido à alta demanda pelo óleo de argan e sua forte tradição de extração manual, as mulheres passaram a trabalhar em sua produção, o que gerou a necessidade de estudo para as mulheres, já que muitas não sabiam nem ler. Atualmente é produzido por cooperativas de mulheres. A formação destas cooperativas juntamente com o governo Marroquino, possibilitou a prática de salários justos e boas condições de trabalho, além de iniciar um projeto de reflorestamento para proteger a floresta de Argan. Cada mulher pertencente à cooperativa é orientada sobre os procedimentos ideais para a coleta das nozes onde se comprometem também a participar do plantio de 10 árvores de Argan por ano São necessários cerca de 30 kg de sementes para a produção de um litro de óleo de argan em aproximadamente 15 horas de trabalho. Algumas empresas utilizam processos mecânicos para a extração do óleo, mas o modelo manual ainda é tradicionalmente muito forte no Marrocos. Não é utilizado nenhum produto químico e o processo de extração é demorado e caro A UNESCO reconheceu a importância desta região e classificou a Floresta Marroquina de Argania como Reserva da Biosfera desde 1998, o que representa um significativo benefício para o ecossistema da região e até para o sul da Europa, pois evita que areias sejam levadas por correntes de ar para o outro continente (o que impacta a qualidade do ar de diversos países). USO O óleo de Argan é considerado um produto raro e muito usado para hidratar o cabelo, mas também pode ser utilizado na cozinha. A diferença entre o óleo usado na cosmética e o usado na alimentação, é que o primeiro óleo é extraído das sementes cruas, e o segundo elas são torradas antes da extração. Ingerido ele também traz benefícios, auxiliando na regularização do colesterol devido a presença dos ácidos oleicos.É usado na culinária típica do Marrocos. Pode ser usado no tratamento de acne e eczema (por ser rapidamente absorvido pela pele e não entupir os poros), prevenir estrias em grávidas e para massagear juntas tratando reumatismos em adultos. Nos cabelos auxilia na reposição da queratina, deixa os fios macios e brilhantes e diminui a queda. O óleo de Argan contém altos níveis de ácidos graxos, incluindo o ácido linoleíco (omega-6), que contribui em reparar a pele e mantê-la sempre saudável. Esses ácidos graxos também são excelentes para peles secas e com perda de elasticidade, retardando o efeito de envelhecimento da pele. Sua ação anti-idade é reforçada pelos altos níveis de gamma tocoferóis que são um dos mais poderosos anti-oxidantes que neutralizam os radicais livres, assim protegendo as membranas das células contra oxidação. O óleo também contém fitoesteróis que inibem uma propriedade do desenvolvimento celular. Também são encontrados no óleo cinco tipos de álcoois que tem ação anti-inflamatória. Pode ser usado nas unhas (absorve muito rápido) para hidratá-las e previnir a quebra e descamação. É só aplicar e massagear. É um ótimo cicatrizante, podendo usado sobre feridas. CARACTERÍSTICAS Classe: Asterídeas Ordem: Ericales, como a Azalea Familia: Sapotacea, como a maçaranduba e o Abiu Gênero: Argania, que tem apenas uma espécie Argania spinosa É uma árvore perene endêmica dos semi-desertos do sudoeste do Marrocos. Seu nome científico é Argania spinosa, embora seja conhecido como argan. Atinge uma altura entre 8 e 10 metros, com um coRpo largo de 3-4 metros. Tem um tronco áspero e as folhas são ovais, com o ápice arredondado, com um tamanho de 2-4 cm de comprimento. As flores aparecem no mês de abril no hemisfério norte e são verde-amarelado. A fruta mede de 2 a 4 cm de comprimento por 1,5 a 3 cm de largura, com a casca grossa ao redor da casca, que é amarga, mas exala um cheiro adocicado. Demora cerca de um ano para amadurecer. Produtos Magna Mater com Argania spinosa REFERÊNCIAS https://www.ecycle.com.br/3870-oleo-de-argan http://www.helenabordon.com/argan-a-arvore-da-vida/ https://www.jardineriaon.com/argan-o-argania-spinosa.html http://www.itu.com.br/artigo/oleo-de-argan-sua-origem-e-propriedades-20120311

  • Hibisco

    Hibiscus rosa-sinensis “Escrever um poema é isto: ampliar a imagem de um hibisco” Região nativa: África oriental e Ásia Tipo: arbusto e árvores Altura: até 3m Uso: Paisagismo, culinária, cosmético, medicinal e terapêutico O gênero hibiscus compreende cerca de 200 espécies de plantas que fazem parte da flora tropical e subtropical. A maioria é derivada do Hibiscus rosa-sinensis. É também conhecida pelos nomes de Graxa de Estudante, Hibisco da China e Mimo de Vênus. HISTÓRIA A origem do hibisco é controversa, enquanto alguns dizem ser da África, outros registros demonstram aparições anteriores na Ásia. Hoje é encontrada em regiões tropicais e subtropicais, se adaptando bem em regiões quentes. Acredita-se que povos da Índia emigraram para a Polinésia e transportaram espécies de hibisco através da China até o Pacifico. Talvez, a partir da China, ela tenha chegado à Europa. Com seu rápido crescimento, farta floração e diversidade de cores e formas, seu uso ornamental e paisagístico foi logo incorporado. A primeira descrição ilustrada que se tem conhecimento foi de Van Reede em 1678, representando um Hibisco de flor vermelha dobrada. Philip Miler, curador do Chelsea Physic Garden em Londres, nomeou outras espécies sob o nome de H. javanica, considerando como origem as ilhas de Java. Ainda hoje a espécie de flor simples é considerada como flor nacional no Havai. Na Malásia está representada na moeda do país e representa a vida e a coragem. e é conhecida, ainda, como rosa de saron. No Brasil provavelmente foi trazida pelas mãos de africanos escravizados. USO O hibisco é rico em muitas vitaminas como A, complexo B e C, além de minerais como cálcio e magnésio e ácidos orgânicos, como o cítrico, málico, tartárico e hibiscos. Contém glucosídeos, flavonóides, antocianidinas e pigmentos que conferem a ele uma atraente cor vermelha. Possui propriedades anti inflamatórias, diminui o colesterol, estimulante, anti envelhecimento, emagrecedor. As antocianidinas proporcionam efeito angiotensor. A infusão dos cálices e brácteas das flores é usada para problemas digestivo-estomacais , como refrescante intestinal, diurético e protetor de mucosas (bucal, bronquial e pulmonar) Externamente é usado em cremes anti envelhecimento devido a suas propriedades antioxidantes e em produtos anti acne e adstringentes. Possui propriedades vasodilatadoras, sendo indicado como tonificante para área dos olhos e também para melhorar a circulação periférica. Seu uso é muito comum em dietas para emagrecer devido a sua ação termogênica, também auxilia no funcionamento do intestino diminuindo a prisão de ventre. Na Suíça é chamada de kerkade e aromatiza vinhos. Os talos dão o que se chama cânhamo de hibiscus. Há uma variedade, a H. rosa sinensis L, ou rosa china, com corola branca, amarela ou roxo-purpúreo que também aparece no Caribe onde é usada como adstringente e expectorante. CURIOSIDADES O nome graxa de estudante vem do uso das flores que os estudantes que não tinham dinheiro para comprar graxa utilizavam as flores de hibisco esfregando-as no sapato para dar brilho simulando o uso da graxa. REZA A LENDA Na Polinésia o hibisco é considerado sagrado, com poderes mágicos. Acredita-se que tem o poder de promover o Espirito de Aloha, palavra havaiana para amor, afeto, paz, compaixão e misericórdia. Conta-se que uma jovem teve sua beleza roubada por uma feiticeira e a recuperou ingerindo suco de hibisco. No Taiti a flor é usada como sinal amoroso, quando usada sobre o ouvido direito a pessoa está a procura de um par e sobre o ouvido esquerdo quando já encontrou. No hinduísmo é utilizada em cerimônias. Por ser a flor preferida de Ganesh e de Kali, é oferecida em rituais com o intuito de atrair prosperidade. Também é usada na tradição Yorubá como bastões de consagração aos orixás Ogum e Oxossi. CARACTERÍSTICAS Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Malvales Família: Malvaceae Gênero: Hibiscus Espécie: H. rosa sinensis Arbusto ereto, lenhoso, ramificado, de caule arroxeado com 80 a 140 cm de altura com estípulas na base das folhas pecioladas, simples, de filotaxia alterna, margem serrada, com 5 a 12 cm de comrpimento, de cor verde brilhante na face adaxial e verde opaco com nervuras protuberantes na face abaxial. Suas flores são grandes, vistosas, solitárias, com calículo verde, cálice verde gamossápalo, corola dialipétala, podendo ser de cor branca, salmão, rósea, vermelha ou amarela. No centro, há o característico tubo estaminal (ou coluna estaminal), formado pelos filetes dos estames unidos, com o estilete percorrendo o seu interior e com o estigma no ápice. Os frutos são cápsulas revestidas por pelos hispidos embora. por ser considerada um cultígeno, esta espécie dificilmente apresenta frutos desenvolvidos. Produtos Magna Mater com Hibiscus rosa-sinensis REFERÊNCIAS https://www.portalsaofrancisco.com.br/bem-estar/hibisco-produto-natural https://content.paodeacucar.com/saudabilidade/o-que-e-hibisco http://malvaceae-hibiscus.blogspot.com/2015/03/caracteristicas-e-historia.html https://www.dicionariodesimbolos.com.br/hibisco/ http://www.unirio.br/ccbs/ibio/herbariohuni/hibiscus-rosa-sinensis-l http://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/HIBISCUS.pdf https://lunagreentech.com.br/produto/extrato-glicolico-hibisco/ https://medium.com/@cezatisabrina/hibiscus-97206d4c15a9

  • Carvalho

    Quercus robur “Aqueles homens-carvalhos cinzas, nodosos, sombrios, genuvalgos, curvados, tortos, enormes, estranhos, disformes que ficam aguardando século após século." (Francis Kilvert, Kilvert’s Dyary 1870 - 1879) Origem: Hemisfério Norte Altura: 20 a 30 metros, dependendo da espécie, pode chegar a 40 metros Tipo: Árvore Uso: Comercial, medicinal, cosmético O carvalho são árvores poderosas pertencentes à família Fagaceae e se refere a diversas centenas de espécies do gênero Quercus. Seu tronco pode chegar a 10 metros de diâmetro e pode viver por cerca de 1000 anos. HISTÓRIA O botânico nome do carvalho – quercus, é derivado dos termos celtas “Quer” que significa “bom” e de “cuez” que significa árvore. Estima-se que os carvalhos apareceram na Terra a cerca de 66 milhões de anos. Um milhão de anos atrás, provavelmente, os carvalhos cobriam a maior parte da terra europeia e só passaram a regredir na expansão após o ser humano começar a cortá-los. Por volta de 5500 anos atrás seus troncos foram usados para fazer imensos monumentos neolíticos. Os taninos presentes em suas cascas passaram a ser utilizados para amolecer o couro de animais. O carvão do carvalho foi sistematicamente usado para forjar metais e também para a extração de chumbo, cobre, bronze, ferro e ouro, levando as árvores quase à extinção em algumas partes da Europa. Os celtas acreditavam que o carvalho era um símbolo sagrado, os druidas colhiam visco no sexto dia lunar de dezembro com uma foice de ouro e anunciavam a chegada do Ano Novo cantando “Para visco, o Ano Novo”. Os agricultores utilizavam as bolotas (fruto do carvalho) para fazer farinha. Mesmo hoje em dia, um número de membros das tribos berberes usa as bolotas para produzir um cereal muito nutritivo conhecido como “Racahout. Referências do carvalho são encontradas nas mitologias grega e romana também. E o costume de utilizar suas sombras para a realização de cerimônias persistiu mesmo depois que o Cristianismo foi introduzido. Os godos, pessoas que habitavam a Alemanha antiga, consideravam o carvalho como uma marca de força e vitória. Assim, o termo “forte como um carvalho” surgiu e é usado até os tempos atuais. Mas um dos usos mais importantes do carvalho nos tempos antigos foi a construção de navios. Na verdade, o carvalho era um recurso natural que foi extremamente desejado pelos novos colonizadores, principalmente na América do Norte. No século XIX foi amplamente explorado, sendo usado para a construção, calefação, tingimento e reservatório para cerveja, vinhos e destilados. Estima-se que 5 mil carvalhos maduros foram usados para a construção da nau capitânia do Almirante Nelson entre 1759 e 1764. O uso dessa madeira foi tão descontrolado que ameaçou de extinção de várias espécies. Apesar de seu grande tamanho e força, é uma árvore de reprodução lenta, pode levar até 50 anos para produzir suas primeiras sementes. Além disso, a maior parte de suas nozes será comida pelos animais como esquilos e outra grande parte irá apodrecer antes de chegar ao solo. Algumas das espécies mais conhecidas são Carvalho-vermelho; Carvalho-vermelho-americano; Carvalho-japonês; Carvalho-negral; Azinheira; Carvalho-português ou lusitano, entre outros. Nem sempre é fácil catalogar as variadas classes integradas por esta árvore, pois elas constituem constantemente entre si os famosos híbridos. USO O uso medicinal do carvalho faz parte da farmacopeia vegetal há milhares de anos. Sua casca possui poderosa ação adstringente e combate infecções de garganta e boca, ajuda a estancar sangramento nas gengivas e para curar a diarreia aguda. A tintura da casca de carvalho foi estudada para uso em infecções renais e pedras nos rins. Externamente ajuda a combater infecções por estafilococos. E compressas quentes com seu chá são indicadas para acalmar as dores osteomusculares e articulares ou como um cataplasma para curar feridas e abcessos. O pó da folha e da casca é usada para estancar sangramentos nasais, e talcos preparados com o mesmo pó estancam pequenas hemorragias externas. Uma das 38 essências florais do Dr Bach, designada OAK, segundo o próprio Dr Bach , é a essência “para aqueles que se esforçam e lutam fortemente para melhorar no que se refere às questões da vida diária. Continuam tentando uma coisa depois da outra, apesar de seu caso parecer sem esperança. Continuarão lutando. Ficam descontentes consigo mesmos se a doença interfere em suas obrigações e os impede de ajudar os outros. São pessoas corajosas, que lutam contra grandes dificuldades, sem perder a esperança ou deixar de lutar.” É muito recomendado o chá da casca para os casos de diarréia e na forma de banho para aliviar hemorróidas e fissuras tanto no orifício retal como no bico do seio. Além disso, a casca de carvalho foi frequentemente misturada com o ferro de sal tingimento de têxteis de cor preta. A madeira obtida a partir da árvore de carvalho é muito viável economicamente e utilizada como matéria-prima para a fabricação de móveis, pavimentação, construção de casas armações, bem como estrutura ferroviária. CURIOSIDADES O carvalho é usado por botânicos e geólogos como um instrumento para medições de grandes intempéries causadas pela natureza no meio ambiente. Pois este espécime, quando exposto a tempestades e tufões, afunda ainda mais suas raízes no solo e seu tronco se revigora diminuindo cada vez mais a possibilidade dele tombar pelos temporais, a cada tempestade ele se torna mais forte até que a possibilidade dele cair se torne nula! Desta forma, o carvalho aprende com a experiência e se fortalece a cada dificuldade enfrentada. REZA A LENDA Na floresta de Sherwood se encontra um grande carvalho conhecido pelo nome de Major Oak (Carvalho maior) que acredita-se que tenha cerca de mil anos, possui 15 metros de altura e 10 de circunferência. É uma árvore tombada como patrimônio na Grã-Bretanha e dizem que o próprio Robin Hood o usava como esconderijo. Major Oak é considerada uma das mais lendárias árvores do mundo e recebe milhares de visitantes todos os anos, em Nottinghamshire. CARACTERÍSTICAS Reino: Plantae Sub-reino: Traqueófitas Divisão: Angiosperma Subdivisão: Rosideas Filo: Eudicotiledoneas Subfilo: Rosídeas Classe: Dicotiledónea Ordem: Fagales Familia: Fagaceae Genero: Quercus Suas Folhas são lobadas, ou seja, com lóbulos de formato característico. Algumas espécies apresentam folhas com borda serrilhada. Algumas espécies têm folhas perenes, outras deixam cair suas folhas no inverno. As flores são cilíndricas, sem pétalas. Os frutos do carvalho são chamados de bolotas, glandes ou landes e são compostos de uma espécie de castanha envolvida parcialmente por uma membrana, criando um formato bem característico. Seus frutos são consumidos por uma fauna variada: esquilos, gralhas, roedores, javalis, porcos etc. Alguns desses animais, como os esquilos e as gralhas, costumam armazenar bolotas em esconderijos para serem consumidas posteriormente, o que é útil para a dispersão da planta, pois parte das bolotas armazenadas acaba por germinar num local longe da planta-mãe. REFERÊNCIAS https://www.portalsaofrancisco.com.br/bem-estar/carvalho https://www.infoescola.com/plantas/carvalho/ http://www.valedomago.com/2012/12/o-carvalho-arvores-das-arvores.html https://pt.wikibooks.org/wiki/Carvalho/A_planta https://pt.wikipedia.org/wiki/Carvalho LAWS, Bill – 50 Plantas que Mudaram o Rumo da História – Rio de Janeiro - Ed Sextante 2013 https://www.bachcentre.com/pt/os-florais/os-38-remedios/oak/

  • Milho

    Zea mays Origem: Américas Altura: até 3 metros Tipo: cereal anual Uso: Culinário, medicinal, comercial, prático, cosmético O milho (Zea mays) do latim milius.m termo oriundo do numeral mil, como referência ao grande número de grãos na espiga. Planta da família das gramíneas, de caule grosso, com um a três metros de altura, segundo as espécies; HISTÓRIA Os primeiros registros do cultivo do milho são de 7.300 anos atrás e foram encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México. Era a alimentação básica de várias civilizações antigas das Américas como os Olmecas, Maias, Astecas e Incas. Era um alimento tão importante que era considerada uma planta sagrada! Após a colonização européia das américas, o milho foi difundido para a Europa e, posteriormente, por todo o mundo. Os indígenas americanos, junto com a seleção natural, transformaram variedades selvagens de milho em plantas cultivaveis. Com a chegada dos portugueses, houve um desenvolvimento das receitas com milho que se desdobraram em uma grande variedade de pratos. Existem vários nomes pelos quais é conhecido o milho, como choclo, jojoto, corn, maíz, elote. Existem, também, uma grande variedade de tipos de milho, aproximadamente 150 espécies, como o duro, o macio, doce e o de pipoca. As espécies variam no formato dos grãos e nas cores, existem milhos de praticamente todas as cores! Através da escolha dos melhores grãos para se plantar os fazendeiros e agricultores auxiliaram na seleção natural, tornando os milhos cada vez mais fortes e com melhores grãos onde quer que fossem cultivados. Pela facilidade e fartura de produção, o milho se tornou um alimento muito necessário para se alimentar a população e as criações de animais como porcos e galinhas. No entanto, a constituição física da espiga representa uma desvantagem natural, pois não facilita que ele se semeie naturalmente. Sendo necessário que alguém, em algum lugar guarde os grãos para plantar no ano seguinte, tornando o milho e o homem interdependentes. No espaço de dois séculos, o grão dourado havia se tornado uma mercadoria comercial extremamente versátil. E se tornou um alimento importante também nos países colonizadores. Um fato interessante é que não é possível fazer um caminho de evolução do milho, pois não foram encontrados genéticos entre o milho cultivado hoje e seus primos silvestres. USO O milho é extremamente versátil, existem mais de 3.500 usos diferentes para os produtos que se extraem do milho. A composição química do grão de milho é muito complexa. É rico em proteínas, fibras e vitaminas principalmente E e do complexo B, que é essencial para o bom humor, sendo muito indicado para dietas como substituto do arroz, macarrão ou pão. É uma fonte saudável de energia, possui carboidratos complexos que são absorvidos lentamente evitando picos de açúcar e faz o corpo gastar calorias para quebrá-lo. O milho é muito nutritivo sendo rico em vitaminas E e do complexo B, que é essencial para o bom humor. Possui grande variedade de minerais e antioxidantes como betacaroteno, luteína e zeaxantina. Melhora a circulação sanguínea e previne doenças do coração. Auxilia na perda de peso, aumenta a sensação de saciedade e a eliminação de gorduras do corpo, suas fibras insolúveis ajudam a diminuir a absorção de gorduras e aumenta a excreção de ácidos biliares. As fibras auxiliam na digestão e equilibram o trato intestinal. Por não conter glúten pode ser consumido por pessoas que possuem a doença celíaca. O milho possui nos estigmas (cabelo de milho) substâncias que o tornam diurético, podendo ser importante no controle da hipertensão. A zea xantina e o betacaroteno e a luteína contribuem para a saúde dos olhos e previnem doenças da mácula. O milho pode ser consumido de muitas formas, in natura ele pode ser assado ou cozido, seco e triturado se transforma em farinha, fubá e também em amido de milho. Existem ainda canjicas, flocos de milho, grits, farelo e o óleo. As receitas com este alimento também são várias: pamonha, mingau, curau, bolos…segue uma receita para você se deliciar Cuscuz de Milho Coloque 300 g de farinha de milho flocada em uma vasilha, coloque sal a gosto e acrescente água aos poucos, até ficar com aparência de areia molhada. Deixe descansar por 10 minutos para hidratar bem. Passe para a cesta da cuscuzeira, não aperte, deixe ficar soltinha. Na parte de baixo coloque água suficiente e leve ao fogo alto. Quando ferver abaixe o fogo e deixe cozinhar por 10 minutos, até ficar macio. Vire, com cuidado, o cuscuz em uma vasilha e desmanche o monte com um garfo. Pegue duas colheres de sopa de manteiga e misture com uma colher da água da cuscuzeira, se necessário aqueça um pouco mais até a manteiga derreter por completo. Regue o cuscuz com esta mistura. E Bom Apetite!! O açúcar do milho começa a se converter em amido no momento da colheita, por isso o ideal é consumi-lo o mais fresco possível. Mas o milho está em nossas vidas em outras partes que talvez nem todos saibam, como na fabricação de fermentos, na produção de etanol, nos carros onde as cabeças dos cilindros, os pneus, líquido do limpa pára-brisas e nas baterias contêm milho em suas composições. Em cosméticos o amido é usado como agente de consistência e como ativo hidratante. A partir do milho também se produz surfactantes e emolientes. Apesar de não haver estudos conclusivos sobre possíveis malefícios do milho transgênico, sempre que possível, dê prioridade para as espécies orgânicas e crioulas. CURIOSIDADE Apesar do nome milho verde, as espigas mais conhecidas são as amarelas, mas existem espigas das mais variadas cores: roxo, vermelho, azul, preto e até uma espécie chamada de arco íris, por conter várias cores em uma só espiga! As plantações de milho devem ficar isoladas de outras plantações de milho de espécies diferentes, pois pode haver cruzamento entre as espécies. Por exemplo, se houver uma plantação de milho de pipoca próxima a uma de milho para consumo em espiga, na mesma espiga pode ter os dois tipos de grãos ou mesmo espigas inteiras de uma ou outra espécie em uma mesma planta. Daquela delícia de Cuscuz, muitos acreditam que o cuscuz é uma comida tipicamente brasileira, mas sua origem, na verdade, é do Oriente Médio. Mas a prática de misturar ao queijo, carne seca e outras coisas foi um incremento brasileiro ao prato. Em cada região do Brasil encontramos adaptações deste prato, no nordeste é comum servi-lo tanto doce, quanto salgado, com leite de coco e coco ralado. Em Minas Gerais é comum recheá-lo com um pedaço de queijo. REZA A LENDA Conta-se que quando os colonizadores espanhóis chegaram nas Américas ouviram dos incas relatos sobre casas que tinham quartos cheios até o teto de riquezas douradas ao qual os espanhóis supuseram se tratar de ouro. Mas quando os espanhóis finalmente encontraram estas casas, a riqueza dourada, tão bem guardada, eram espigas de milho, alimento sagrado e visto como um verdadeiro tesouro! A origem do milho também aparece como lenda de várias culturas: De acordo com os Guaranis, em tempos muito antigos, os índios viviam afastados um dos outros, cada família era responsável pelo seu sustento, caçando e pescando apenas para sua própria família. Haviam, porém, dois índios muito amigos e que saíam para pescar e caçar juntos, repartindo o que conseguiam entre suas famílias. Um dia, quando saíram para pescar, um deles comentou com o outro: -Será que “Nhandeyara, o Grande Espírito, não é capaz de criar um alimento que nascesse na terra e fosse mais fácil de colher? Os frutos só nascem em uma época e a caça e a pesca muitas vezes faltam e são difíceis de apanhar. Naquele dia a pesca não teve resultados e os dois voltaram com seus cestos vazios. No dia seguinte, os dois saíram para caçar e, novamente, não tiveram sucesso e voltaram para suas famílias de mãos vazias. Por toda aquela lua a escassez de alimentos levou os dois guerreiros e suas famílias a fome e a fraqueza. Uma noite enquanto os dois conversavam, apareceu um grande guerreiro envolvido em raios de luz. Aproximou-se dos dois e disse que era um enviado de Nhandeyara, que tinha escutado a conversa e que o mandar para levar até eles o alimento que pediram. Para terem este alimento eles deveriam lutar um com o outro até a morte e o mais fraco deveria ter seu corpo enterrado perto da cabana. Da sepultura nasceria uma planta, que daria frutos suficientes para sustentar todo o tempo as duas famílias e a quantos mais a cultivassem. Os dois então iniciaram a luta e Avaty, um dos caçadores, acabou perdendo a luta e sendo morto pelo amigo que enterrou seu corpo como o guerreiro orientou. O estranho guerreiro luminoso desapareceu então na escuridão da floresta. Durante vários dias o caçador restante muito triste saiu para caçar sozinho, demorando mais e se dedicando mais a tarefa, já que agora tinha duas famílias para sustentar. Nos primeiros dias da primavera, surgiu uma formosa planta de muitas folhas verdes e espigas douradas sobre o túmulo de Avaty. Viu então o caçador que a promessa feita pelo estranho guerreiro havia finalmente sido cumprida e acalmou seu coração compreendendo a grande sabedoria de Nhandeyara, que pode sacrificar um homem de bem para o bem de todas as outras criaturas. Aquela linda planta recebeu o nome de Avaty em homenagem àquele índio sacrificado. Os grãos passaram a ser compartilhados em um gesto de união e amizade, pois todos os índios sabem que a abundância deste precioso alimento provém do sacrifício de um fiel amigo. Lenda dos antigos povos do México: Suas tradições referem que a invenção deste cereal, deu-se depois da inundação diluvial da Antiguidade Americana e que foi efetuada por Quetzalcoatl, ou por seu companheiro Yucateca. Naquela época os deuses, desejando encontrar com que acudir a subsistência dos homens, se puseram em marcha para descobrirem alguma planta. Quetzalcoatl chegou ao fim da estação da chuva na montanha Paxil, situada nos limites ocidentais da Guatemala e do estado de Chiapas. Ali encontrou homens carregados de feixes de milho. Segundo historiadores, seriam formigas, símbolo da indústria e do trabalho, as que teriam levado a Quetzalcoatl ao descobrimento desse cereal tão importante CARACTERÍSTICAS Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Poales Familia: Poaceae assim como a grama de jardim Genero: Zea Espécie: Z. Mays A planta do milho pode chegar a uma altura de 2,5 metros. O caule tem aparência de bambu e as juntas estão geralmente a cinquenta centímetros de distância umas das outras. A fixação da raiz é relativamente fraca. A espiga é cilíndrica, e costuma nascer na metade da altura da planta. Os grãos são do tamanho de ervilhas, e estão dispostos em fileiras regulares presas no sabugo, que formam a espiga. Eles têm dimensões, peso e textura variáveis. Cada espiga contém de duzentos a quatrocentos grãos. Dependendo da espécie, os grãos têm cores variadas, podendo ser amarelos, brancos, vermelhos, pretos, azuis ou marrons. O núcleo da semente tem um pericarpo que é utilizado como revestimento. O cabelo do milho serve para ele se reproduzir, eles servem para transportar o pólen que vai fecundar a espiga dando origem aos grãos do milho, que são os frutos. Produtos Magna Mater com Zea mays Produtos Magna Mater com Milho REFERÊNCIAS https://saude.abril.com.br/alimentacao/a-biografia-do-milho-um-alimento-versatil-saudavel-e-negligenciado/ em 15/04/2021 https://saude.abril.com.br/alimentacao/a-biografia-do-milho-um-alimento-versatil-saudavel-e-negligenciado/ em 15/04/2021 https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/milho em 15/04/2021 https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/VA_13_Industrializacao-artigo4.pdf em 15/04/2021 https://www.fiesp.com.br/sindimilho/sobre-o-sindmilho/curiosidades/milho-e-suas-riquezas-historia/ em 15/04/2021 https://www.tuasaude.com/beneficios-do-milho/ em 16/04/2021 https://historiaeculturaguarani.org/os-guardioes-do-milho/ em 16/04/2021 https://pt.wikipedia.org/wiki/Milho em 19/04/2021 LAWS, Bill – 50 Plantas que Mudaram o Rumo da História – Rio de Janeiro - Ed Sextante 2013 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722011000400001 em 16/04/2021

  • Cupuaçu

    Região nativa: Brasil, região da Amazônia Tipo: árvore de média estatura Altura: 10 a 15m Uso: cosmético, culinário, comercial CUPUAÇU O cupuaçu é fruto do cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum), uma árvore típica da Amazônia brasileira, da mesma família do cacaueiro. O nome cupuaçu vem da língua Tupy (Kupu = que parece com o cacau + uasu = grande). O fruto possui vários nomes nos diferentes lugares onde é cultivado e comercializado, a exemplo de cupu do Estado do Pará e Acre; pupu ou pupuaçu no Estado do Maranhão; cacau-cupuaçu na Bahia; cupuazur na região de Iquitos no Peru; bacau na Colômbia; cacau blanco no México, Costa Rica e Panamá; cupuassu na Inglaterra; patas no México; lupo no Suriname. HISTÓRIA A árvore que dá o cupuaçu é nativa da parte oriental da Amazônia, em particular da região nordeste do Maranhão, estando atualmente disseminada por toda a bacia amazônica do Brasil e dos países vizinhos. Em toda a região, nas capitais, cidades ou vilarejos, é raro encontrar- se uma residência que não possua um ou mais pés de cupuaçu em seu pomar. No Amazonas, existem mais de 8 mil produtores de cupuaçu, o que gera ocupação direta e indireta para aproximadamente 20 mil pessoas. Pelo número de ocupações geradas, essa é uma excelente opção de renda para os produtores rurais da região. A fruta é cultivada em 70% dos municípios do estado, é exportada principalmente para o Japão, Países Baixos, Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, Argentina, Bolívia e Paraguai. O cupuaçu é uma fruta exagerada: grande, pesada e com perfume forte. As folhas de sua árvore são compridas; as sementes são muitas e também grandes, envoltas em uma polpa branca, ácida e de aroma bastante forte e agradável. Para o olfato de alguns, o cheiro do cupuaçu é tão forte que chega a ser um pouco enjoativo. Quando maduro, o que ocorre nos meses chuvosos entre dezembro e abril, o cupuaçu simplesmente cai. Nos cultivos comerciais, a coleta tem de ser feita no momento certo, um pouco antes dessa maturação; caso contrário, ao despencar da árvore, a fruta estraga. Com a polpa refrescante do cupuaçu fazem-se doces de variados tipos, uma verdadeira confeitaria composta por mais de uma centena de receitas diferentes: sucos, refrescos e sorvetes; licores e aguardentes temperadas; cremes, gelatinas, espumas, mousses e pudins; tortas, bolos, pavês, biscoitos e coberturas para outros doces; compotas e geleias; doces de colher, de cortar e cristalizados. Mas talvez o doce mais famoso seja o bombom de cupuaçu: o doce consiste em cozinhar o cupuaçu até o ponto de enrolar, é, então, recoberto por uma camada de chocolate feita de massa de brigadeiro e, depois, é passado por uma calda, também de chocolate. USO Além de seu vasto uso culinário, o cupuaçu possui também uso medicinal e cosmético. O cupuaçu é muito nutritivo, sendo rico em vitaminas A, C e do complexo B. Além de fósforo, cálcio e potássio. Possui grande quantidade de fibras, que causam a sensação de saciedade, além de micronutrientes que aumentam o nível de energia, sendo uma boa opção de alimento para pessoas ativas ou que praticam exercícios diários. O Cupuaçu inclui um ingrediente conhecido como polifenóis fito-nutrientes, composto excelente para auxiliar no tratamento de dificuldades respiratórias. É rico em teobromina, uma substância parecida com a cafeína, que estimula o sistema nervoso central, também melhora o funcionamento do coração e estimula o sistema respiratório. Das sementes se extrai uma manteiga que possui ótimas propriedades para a pele, cabelos, lábios e unhas. É um triglicerídeo (lipídeo ou gordura) que apresenta uma composição equilibrada de ácidos graxos saturados e insaturados. Apresenta um certo grau de absorbância dos raios ultra violeta (UV), principalmente UVB e UVC (mas não há como medir qual seria a equivalência do produto em termos de fator de proteção solar - FPS). A Manteiga de Cupuaçu é um emoliente que proporciona um toque agradável, maciez e suavidade à pele, possibilitando a recuperação da umidade e elasticidade natural da pele principalmente em peles secas e maltratadas, além de promover hidratação e diminuir a perda de água transepidermal. Ela contém ainda fitoesteróis (especialmente beta-sitosterol) que atuam a nível celular regulando o equilíbrio hídrico e a atividade dos lipídeos da camada superficial da pele. Os fitosteróis têm sido utilizados topicamente no tratamento de dermatites e afecções por estimular o processo de cicatrização. REZA A LENDA Canto do Conto de um Quintal: QUINTAL DA SAUDADE – Beto Ramos (...) Este é o que mais gosto. O cupuaçu. Existiam muitos cupuaçus ao alcance de nossas mãos. - Vem menino, vem tomar vinho de cupuaçu! E faziam cremes. Recheio de bolo. E dava para comer somente com açúcar. E o doce era saboroso. - Quando você for ao mercado compra um saquinho de polpa de cupuaçu! - Eu não! Gosto é de vinho de cupuaçu com caroço, feito e amassado com a mão. (...) CARACTERÍSTICAS Classe: Magnoliopsida (dicotiledônea) como as magnolias Ordem: Malvales como o Hibisco e a Malva Família: Malvaceae; subfamília: Sterculiaceae Gênero: Theobroma como o Cacau Ciclo: Anual Desenvolvimento: O início da produção ocorre entre 18 a 24 meses após o plantio. Porte: até 20 metros de altura Árvore geralmente com 15 metros de altura, ramos flexíveis. Folhas longas, de coloração ferrugínea na face interior e verde na face superior. Fruto – O cupuaçu é um fruto tipo baga, oval ou alongado, geralmente com cerca de 25 cm de comprimento. Casca dura, lisa, lenhosa, revestida de indumento ferrugíneo. Sementes envoltas por polpa abundante, branca, levemente fibrosa, ácida e muito aromática. Flores - grandes, de cor vermelho-escura e apresentam características interessantes: são as maiores do gênero, não crescem grudadas no tronco, como nas outras variedades de theobromáceas, mas sim nos galhos. Folhas – subcoriáceas, discolores, glabras na face superior e com delicados pelos estrelados na inferior, de 20 – 40cm de comprimento. Produtos Magna Mater com Cupuaçu REFERÊNCIAS: https://angicoesuaslendas.blogspot.com.br/2016/03/cupuacu.html http://www.gentedeopiniao.com/noticia/diz-a-lenda-o-quintal-da-saudade/78033 http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/publica_setec_cupuacu.pdf http://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/cupuacu http://www.ceplac.gov.br/radar/cupua%C3%A7uzeiro.htm http://naturdata.com/taxa/Plantae/Magnoliophyta/Magnoliopsida

  • Chá verde

    Camelia sinensis Região nativa: China, Japão e Índia Tipo: pequena árvore Altura 1,5 metros Uso: medicinal e cosmético O gênero Camelia recebeu este nome em homenagem ao botânico jesuíta do século XVII Camellius. Inclui algumas plantas ornamentais maravilhosas, a própria Camelia Sinensis é uma planta simples, com delicadas flores brancas com um toque de rosa, que não chama muito atenção. Mas é uma plantinha muito especial! HISTÓRIA O chá verde, produzido com as folhas da Camelia sinensis, tem sido utilizado na China há pelo menos 4.500 anos. Dizem que o imperador Shen Nung descobriu a infusão em 2737 a.C. Por volta do ano 800 os monges budistas apresentaram o chá para o Japão passando pela Coreia e, em 1657, levaram a erva para os Ingleses. Originalmente ele foi tratado como uma planta e árvore de chá selvagem, cultivada principalmente nas regiões montanhosas do sul da China. A colheita era feita manualmente. Para melhorar a produção, as árvores eram podadas regularmente. Os colhedores subiam a montanha carregando grandes cestos de vime como mochilas. Arrancavam o botão e duas folhas terminais na extremidade de cada broto, isso assegurava a qualidade do chá. Caso a preocupação fosse mais a quantidade do que a qualidade, arrancavam as três folhas terminais. Era um ato bastante delicado, os colhedores juntavam o polegar a outro dedo para arrancar com cuidado a ponta do broto e protegiam com a palma da mão. Por muito tempo este ritual desencorajou a tentativa de colheita mecânica das folhas. As cestas cheias eram enviadas às fábricas de processamento onde as folhas eram postas para murchar, enroladas, fermentadas e classificadas de acordo com o tipo de chá. Em meados do século XVII, a Companhia das Índias Orientais tomou o controle da rica província do nordeste da Índia, onde a Camelia era cultivada em abundância. Acabou se tornando o maior comerciante de chá chinês da época. Durante os séculos XVIII e XIX, o chá verde se popularizou por toda a Europa que já tinha descoberto os efeitos estimulantes da bebida. Mas apenas a nobreza e os ricos comerciantes tinham acesso à planta, pois os preços ficavam cada vez mais inacessíveis. A própria China não tinha interesse em exportar a planta. Ela era uma nação auto suficiente que não queria muito contato com o ocidente e não tinha interesse no dinheiro de papel. Precisava, porém, de metais preciosos como cobre, prata e ouro. E para conseguir o tão raro e cuidadoso chá dos chineses, os comerciantes tiveram que passar a negociar com metais, o que não os agradou. Várias foram as tentativas do ocidente em convencer os chineses a flexibilizar sua forma de negociação, mas de tempos em tempos uma delegação comercial voltava sem sucesso das negociações. Até que alguém teve a ideia “brilhante” de trocar chá por ópio… O ópio era transportado de forma ilegal da Inglaterra para a China e, muitas vezes, os comerciantes davam “amostras” e insistiam para os chineses experimentarem o produto o que provocava rapidamente dependência e assim os ingleses passaram a obter grandes lucros com os chineses vendendo seu chá cada vez a preços mais baixos para saciar seu vicio. Mas o governo chinês logo percebeu a artimanha e proibiu tanto a troca quanto qualquer tipo de negociação que envolvesse o ópio. Os comerciantes Ingleses ficaram irados e este episódio acabou com a Inglaterra declarando guerra à China em 1839. Neste período o chá já estava sendo consumido em outros lugares sendo exportado pela Inglaterra. Um grande consumidor eram os Estados Unidos. Até que, em 1773, três navios ingleses carregados de chá foram saqueados e as folhas da Camelia espalhadas por todo leito do rio Charles em Boston, Massachusetts. O que primeiramente parecia um ataque de índios nativos, se mostrou na verdade um ataque de homens brancos fantasiados que protestavam contra os planos dos britânicos de cobrarem impostos sobre os produtos exportados aos EUA, precisamente sobre o chá. E foi assim que teve início toda uma onda de protestos, onde damas e nobres recusaram xícaras de chás em reuniões políticas e sociais. A Camelia Sinensis novamente era o ponto de partida para um novo atrito comercial que acabaria gerando uma grande revolta e culminaria na separação entre os Estados Unidos e a Grã Bretanha em 1776. Em meados do século XIX começa um novo capítulo na história da Camelia Sinensis, com a corrida pelo chá. A Companhia das Índias Orientais havia entrado em colapso e isso acirrou a competição para quem tomaria seu lugar no comércio do chá. Os britânicos e americanos investiram em navios mais leves e rápidos. Em dias de vento forte seus navios “voavam” pelos mares, muitas vezes levando nos porões muito mais que chá verde, aproveitando para contrabandear escravos e outras ilegalidades. Os comandantes apostavam corridas de volta e suas histórias ganharam fama através da imprensa que descrevia as longas histórias heroicas que as embarcações passavam para trazer o chá. Assim o nome do navio que trazia o chá passou a influenciar em seus valores, quanto mais famosa a embarcação, mais valioso o chá que ele trazia. No entanto esta valorização duraria pouco, pois o mesmo chá caríssimo do navio tal era vendido por um terço do valor quando vinha nos porões dos vapores que continuavam sua rota independente da pressa e fama dos comandantes rivais. Posteriormente, com a construção do canal de Suez o problema do tempo foi resolvido para os vapores, que passaram a levar menos tempos que as ligeiras embarcações que não podiam contar com os ventos pelo canal e tinham que manter a rota pelo cabo da Boa Esperança. E assim, finalmente a Camelia Sinensis começou a se tornar acessível às classes mais populares. USO A Camelia Sinensis é rica em proantocianidinas e flavonóides, poderosos antioxidantes. Combate os radicais livres e o envelhecimento precoce. Possui ação diurética e auxilia no controle da pressão arterial. Devido a quantidade de cafeína, é um bom estimulante, no entanto deve ser usado com cautela e evitado por quem apresente sensibilidade. Por seu efeito energético costuma ser usado em dietas, dando energia para a prática de exercícios ao mesmo tempo em que acelera o metabolismo fazendo com que o organismo queime mais calorias. Também auxilia no processo digestivo e a regular o intestino. Externamente é usado em cremes anti idade, adstringentes e loções tônicas. Tem ação antilipêmica e melhora a microcirculação periférica. Também possui função cicatrizante e antibactericida. CURIOSIDADE Etimologicamente o nome chá só se relaciona com a infusão de Camelia Sinensis. No período das grandes navegações, quando os portugueses desembarcaram no Porto de Macau, a Camelia Sinensis recebeu o nome de ch’a em cantonês o que se transformou em chá. Já os ingleses, espanhóis e holandeses que negociavam no Porto de Xiamen, a Camelia Sinensis era conhecida por “t” em Mim Nan e por isso se tornou tea, té e thee. Atualmente são cinco chás provenientes da Camelia Sinensis: o chá verde, o branco, o vermelho, o preto e o banchá. A diferença entre eles estáprincipalmente no grau de fermentação das folhas. O chá verde não é fermentado e o preto é totalmente fermentado. Os demais chás variam na fermentação e também no ponto de colheita. REZA A LENDA Para os chineses a origem do chá se deu quando o imperador chinês Shen Nung, em 2737 a.C, esquentava água para beber quando algumas folhinhas de uma árvore voaram e caíram dentro da água, fazendo o primeiro chá. Os indianos atribuem este descobrimento ao Príncipe Bodhi-Dharma, filho do Rei Kosjuwo. Dizem que ele partiu em peregrinação para pregar o budismo. Após cinco anos acabou fraco e doente. Curou-se através da ingestão de uma infusão feita com folhas de Camelia Sinensis por sábios locais e pôde, então, continuar seu caminho. Para os Japoneses, o encontro do Príncipe com o chá verde vai além. Contam que ele certa noite sonhou com todas as mulheres que havia amado, e não eram poucas, já que era um galanteador. Ao despertar se sentiu envergonhado e fez uma promessa difícil de se cumprir: prometeu que não iria mais dormir para não voltar a ter sonhos pecaminosos. Quando, obviamente, bateu todo o cansaço, percebeu quanto seria árduo cumprir tal promessa. Resolveu então mastigar algumas folhas daquele arbusto especial e descobriu que ele tinha a propriedade de dar ânimo e energia, mantendo o sono longe, assim como as lembranças indesejadas! CARACTERÍSTICAS Ordem: Ericales Família: Theaceae Gênero: Camelia Espécie: C. sinensis Espécie arbustiva, de folhas alternas curtamente pecioladas, de flores com cálice e corola pentámeros espiralados, sendo as pétalas um pouco coalescentes na base e de cor branca; a flor contém numerosos estames agrupados em feixes e, quanto à parte feminina, a flor contém um gineceu tricarpelar com 3 lóculos e 3 óvulos, um em cada lóculo. O estigma é trilobado e o fruto é uma cápsula loculicida com 3 sementes, uma inserida em cada lóculo Produtos Magna Mater com Camelia sinensis REFERÊNCIAS https://cuidai.com.br/cha-verde-ou-cha-preto/ https://mapric.com.br/pdf/Boletim792_15082016-16h24.pdf https://www.ecycle.com.br/cha-verde/ https://chado.com.br/o-que-e-cha/ https://www.teashop.com.br/a-historia-do-cha https://florien.com.br/wp-content/uploads/2017/05/CAMELLIA-SINENSIS.pdf http://agronomia1961.blogspot.com/2011/11/origem-caracterizacao-botanica-e.html

  • Avelã

    Região nativa: Europa, Ásia Menor e parte da América do Norte Altura: 8 metros podendo chegar até 15 metros! Tipo: árvore arbustiva Uso: culinário, comercial, medicinal e cosmético. A avelã (Corylus avellana) é um arbusto da família das Betuláceas que, antigamente, cobria grande parte da Europa, Ásia Menor e parte também da América do Norte. O termo avelã parece originar-se do latim ‘abellana nux’ que quer dizer noz de Abella, um povoado de Campania (sul da Itália), onde abundavam as aveleiras. O nome Corylus deriva da palavra grega korys, que significa capuz, em relação ao revestimento da casca da fruta ou avelã. HISTÓRIA Existe cerca de uma centena de espécies, mas a maioria dos cultivares atuais são oriundos da aveleira comum (Corylus avellana) cuja origem parece ser a Ásia Menor nas margens do Mar Negro. Na Roma Antiga cada fruto seco tinha um significado especial e o da avelã era o de evitar a fome. Assim, quando a colocamos na mesa no Natal é mais do que um simples alimento, é um antigo costume romano que promete a ausência de fome. A Aveleira sempre esteve ligada aos poderes mágicos. Era usado para procurar ouro e água nos solos. Na Inglaterra, até o séc XVIII, seu ramo podia ser usado para determinar se uma pessoa era culpada ou inocente de um crime. O “juiz” segurava as duas pontas de um galho em forma de Y e apontava a outra ponta para o acusado e, de acordo com as oscilações do graveto, determinada a sentença. Para se tornar um “ramo da justiça” o galho em questão, teria que ser colhido em um ritual especial, ao nascer do sol, no mês de junho, a pessoa deveria caminhar de costas até a aveleira escolhida e cortar o ramo entre suas pernas. Por muito tempo foi um costume dar de presente um punhado de avelãs aos familiares e amigos como símbolo de boa sorte. Em Nova York o consumo das avelãs é comum e existem até vendedores ambulantes e em carrinho que vendem os frutos assados em saquinhos, como aqui no Brasil consumimos pipoca! USO A avelã é um fruto muito nutritivo que contém cerca de 50% de óleos, combinado com alguma fonte calórica como o mel ou o melado, se torna um excelente repositor de energia. Possui poucos ácidos graxos saturados sendo, por isso, muito indicado para dietas de emagrecimento e rica em ácidos graxos insaturados, o que previne doenças do coração e auxilia na diminuição do colesterol. É rica em vitaminas B9, E e A, além de cálcio e magnésio, auxiliando nos processos de memória. Devido a seu alto conteúdo de fibras, melhoram o funcionamento do intestino e da digestão. A decocção da casca e folhas tem efeito vasoconstritor e hemostático. Pode ser ingerido na forma de chá ou usado externamente em compressas locais. Também possui ação diurética e depurativa. Externamente, também pode ser usada como cicatrizante nas feridas de difícil cicatrização e úlceras varicosas. O óleo de avelã tem muitas utilidades culinárias (quem nunca se deliciou aquele creme de avelã com cacau e leite que está presente em quase todo o mundo??) .e também na cosmética. Por ser fonte de vários tipos de vitaminas e nutrientes (vitaminas A, C, E, cálcio, potássio e ômega 9, entre outros), é muito utilizado na formulação de cremes, sabonetes e shampoos. Com função hidratante, nutritiva e de proteção da pele e do cabelo. A madeira da aveleira é usada para fazer carvão de desenho para uso artístico. É considerada uma madeira boa para trabalhar por ser forte e flexível. Antigamente era muito usada para cestaria e na fabricação de bastões. Também para fabricar lã vegetal para enchimento de colchões e almofadas. CURIOSIDADE A Nutella, o famoso creme de chocolate com avelã, foi criado após a segunda guerra mundial, quando o chocolate ficou escasso e era muito usado por ser um alimento energético fácil de carregar. O confeiteiro italiano Pietro Ferrero acrescentou a avelã ao chocolate para render mais, criando a famosa pasta. No começo ela era mais espessa e se chamava Pasta Giaduja. Em 1964 se tornou mais cremosa e adotou o nome de Nutella. REZA A LENDA Várias lendas de várias culturas atribuíram poderes mágicos à aveleira. Os povos nórdicos e germânicos a usavam em rituais de casamento atribuindo a ela o dom da fertilidade. Ainda hoje, na Inglaterra, no condado de Dorset, os jovens noivos visitam uma velha aveleira para cortar juntos um raminho na véspera do casamento. Em Volinia, na região da Ucrânia, durante o banquete de casamento, a sogra lança avelãs e aveias no genro como voto de fertilidade. Para os antigos celtas a fonte de sabedoria primordial nascia no “Poço de Segais” ou “Poço de Conla”, que consistia em 5 correntes de água rodeadas por 9 aveleiras sagradas. Desta fonte corriam 5 córregos de água onde viviam salmões, que se alimentavam das avelãs. Aquele que bebesse dos 5 regatos, onde as aveleiras flutuavam, adquiriria o conhecimento pleno de todas as artes e ofícios. Reza o mito que também podiam obter o dito conhecimento comendo os salmões. Hoje temos conhecimento de uma receita mágica dos druídas celtas que pode nos parecer bem bizarra: se uma pessoa segurasse um ramo de aveleira na mão depois de ter ingerido esporos de samambaia eles se tornavam invisíveis! O cristianismo, durante a idade média, adotou a aveleira como símbolo do místico. A poetisa e escritora cristã do séc. XIII utilizava a aveleira como metáfora para expressar a necessidade de paciência na experiência mística, ilustrando a delicadeza de suas flores que demoram bastante a se formar em frutos. Os gregos a consideravam como a árvore da reconciliação. Reza a lenda que Hermes promoveu a reconciliação entre duas serpentes que brigavam ao atirar nelas o bastão de Apolo, que era feito da madeira da aveleira. As serpentes pararam a luta e se enrolaram no bastão formando, assim, o caduceu de Hermes. CARACTERÍSTICAS Ordem: Fabales Família: Betulaceae Gênero: Corylus Espécie: C. avellana A aveleira é um arbusto ou pequena árvore de até 8 m de altura, com numerosos troncos que crescem mais ou menos retos desde a base, formando uma copa pouco densa e irregular. Os troncos possuem uma casca lisa, vermelho-escura, que se torna cinzenta e, por fim, gretada-escamosa. Folhas com 5 a 10 cm de comprimento, duplamente serradas, de suborbiculares a amplamente ovadas, cuspidadas, frequentemente sub lobadas, curtamente pecioladas, pubescentes, quando jovens, nas duas faces, tornando-se pubescente apenas na página inferior. Amentilhos masculinos com 3 a 9 cm de comprimento, verde-claros. Os frutos são aquênios (vulgarmente designados por avelãs) de cor vermelho-escuro. Cada avelã está envolvida por um invólucro de brácteas soldadas e peludas, verde-claro, castanho na maturação, que quase oculta o fruto. Produtos Magna Mater com Avelã REFERÊNCIAS https://www.infoescola.com/frutas/avela/ https://chocolatrasonline.com.br/a-nutella-e-a-segunda-guerra-mundial/ http://www.emporiobasilico.com.br/blog/informativo/frangelico-lenda-de-um-dos-licores-mais-famosos-do-mundo/ https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/avela https://www.100milarvores.pt/portfolio-items/aveleira-corylus-avellana https://maestrovirtuale.com/avela-caracteristicas-taxonomia-habitat-usos/ https://www.ecycle.com.br/oleo-de-avela/

  • Malva

    Origem: Europa, Norte da África e da Ásia Tipo: arbusto Altura: até 1 metro Uso: Medicinal, comercial, ornamental MALVA Cresce espontaneamente em quase toda a Europa, Norte da Ásia e África, ao redor de caminhos, taludes, clareiras de bosques, e até em muros, devido ao alto poder de penetração de suas raízes delgadas. Seus maiores produtores são a Bélgica e a antiga Iugoslávia. HISTÓRIA A Malva é uma planta com história antiga, foi considerada como oficinal (com uso medicinal ou farmacológico) no ano 700 a.C.. Seu nome vem de Malakos que, em grego, significa brando ou suave, sylvestris é uma referência a seu habitat natural, que são os bosques. Os romanos cultivavam Malva em seus jardins devido a sua beleza, mas também utilizavam na culinária e como remédio. Os árabes também usavam como alimento. Dioscórides, reconhecido como fundador da farmacognosia (estudo das propriedades medicinais das plantas), a recomendava para várias enfermidades e infecções. Plínio dizia que uma poção feita com o suco de malva evitava a indisposição ao longo do dia.Os pitagóricos a consideravam sagrada, capaz de libertar o espírito da escravatura das paixões. No século XVI, foi denominada de omnimorbia, que significa algo como um “cura tudo”, com a crença que seu efeito laxativo seria capaz de limpar e eliminar todas as doenças do corpo. USO Rica em mucilagens, vitaminas e óleos essenciais. Possui, ainda, alto teor de flavonóides e taninos. Usada como laxante e, em doses elevadas, é suavemente purgativo. Devido à riqueza em mucilagens, protege os tecidos inflamados e irritados. Popularmente é usado para problemas de mucosas e garganta. Favorece a digestão e auxilia na cicatrização de úlceras e outros problemas estomacais. Muito utilizada em gargarejos para combater aftas, gengivites, estomatites e outras afecções orais. A semente de malva tem, segundo Plínio, que cita Xenócrates, poder afrodisíaco. Sem Libellus. De secretis mulierum (um tratado erroneamente atribuído a Alberto, o Grande, escrito em latim entre os séculos 13 e 14), a malva é recomendada como um meio seguro de saber se uma jovem é virgem ou não... REZA A LENDA A Malva é cercada de pequenas alusões e historietas que expressam um encantamento especial! A malva não precisa de terrenos específicos para nascer, crescendo até em solos secos e pedregosos. Antigamente os sábios relacionavam esta adaptabilidade às características mágicas, dando à flor o poder da esperança infinita e a capacidade de resistir à tristeza e aos desafios. A flor de malva segue a direção do sol ao longo do dia. A infusão das folhas são recomendadas para quem tem tendência a assustar. Diz-se também de quem morre que vai criar malvas em alusão à abundância dessas plantas nos cemitérios antigos. Em alguns locais da Galiza, durante a ceia de Natal, foram colocadas na água flores de malva colhidas nas primeiras horas do dia de S. João; portanto as flores já estavam murchas e estragadas, mas dizem que na manhã seguinte, dia 25, pareciam lisas, frescas e frescas como se tivessem acabado de ser cortadas. Conta a Lenda, que na Europa, uma noiva chamada Malva, foi fiel ao seu noivo desaparecido por muitos anos, passeando por horas na aldeia em busca do amado. E nesses lugares onde as lágrimas da noiva caíram, crescia arbustos verdes e fortes com folhas de coração e belos botões. Já no Japão, a planta era considerada a principal protetora da ira dos deuses, pois as propriedades mágicas da malva poderiam deter tempestades, furacões e outros desastres naturais. Isso pois uma certa vez os japoneses deram aos seus deuses um Buquê de Malva, que se encantaram com a beleza das flores, prometendo então ao povo, a sua proteção. Assim, anualmente é realizado o Festival de Malva é realizado, em que mais belas meninas e membros da família real participam. CARACTERÍSTICAS Família: Malvaceae como o Baobá Ordem: Malvales Classe: Magnoliopsida Filo: Magnoliophyta Planta da família das Malváceas. Herbácea anual ou bianual, lenhosa em sua base, com galhos elevados, pilosos e ramificados, de até 01 m de altura. Folhas alternas, pecioladas e com bordos dentados. Flores de até 04 cm de diâmetro, azuladas e com cinco pétalas estreitas, que se dispõem na axila das folhas e que aparecem entre a primavera e o verão. Produtos Magna Mater com Malva REFERÊNCIAS Monografia-Malva.pdf (saude.gov.br) em 14/10/21 https://isabelmitchell.com.br/malva-uso-e-propriedades-magicas/ em 14/10/21 https://biografiaecuriosidade.blogspot.com/2014/06/biografia-de-dioscorides.html em 14/10/21 Malva: propriedades mágicas - Viver Natural em 15/10/2021 https://galiciaencantada.com/lenda.asp?cat=8&id=958 18/10/21

  • Lírio

    “As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei.” Carlos Drummond de Andrade Origem: América do Norte, Europa e Ásia Altura: até 2 metros, dependendo da espécie Uso: Ornamental, cosmético, perfumaria e medicinal Os lírios são as flores do gênero Lilium L da família Liliaceae, popularmente também são chamadas de açucena e inclui uma grande variedade de espécies. HISTÓRIA O Lírio silvestre é uma planta conhecida e utilizada pelo homem desde a antiguidade. A história do lírio se mistura a muitas lendas e misticismo, sendo considerada uma planta sagrada em muitas culturas pelo mundo. Há registros de que é cultivada pelos chineses há mais de 3 mil anos. Um dos significados atribuídos à palavra lírio, pelos chineses, é “amor eterno”. Foram achados desenhos de flores em templos e vasos de oferendas à Deusa Hera na Grécia Antiga. É também citado na Bíblia, no discurso de Jesus durante o Sermão da Montanha, relatado nos evangelhos de Mateus e Lucas: “Olhai os lírios do campo”. Pintores medievais e renascentistas expressavam o lírio como imagem da anunciação de algo novo que desce do Cosmos para ser acolhido pela humanidade Em especial, na História da França, a presença do lírio é bem antiga. No ano 1147, Luís VII, Rei dos Francos, adotou uma flor de lírio em seu brasão de armas. Aliás esta planta foi amplamente usada na decoração francesa de nobres e da realeza. Entre os anos de 1655 e 1657 as moedas francesas eram conhecidas como lírios de ouro ou lírios de prata. O lírio foi associado ao 1º de maio na França quando em 1561, o rei Carlos IX foi presenteado com a flor e por gostar tanto pediu para que fossem entregue buques de lírio a todas as damas da corte. Desde então, existe a tradição onde é ofertado essa flor a moças solteiras no começo da primavera, que é na época de primeiro de maio quando acontece a festa do amor. Devido a isso a flor ganhou destaque ao longo da história do país, tendo um forte simbolismo. Atualmente o brasão da coroa da França é composto de três flores de lírios que representam a Santíssima Trindade e as 3 virtudes teológicas: fé, esperança e caridade. Tudo isso demonstra a submissão do rei a autoridade divina, explicando que seu reinado e seu poder são direitos divinos. Também foi um símbolo frequentemente usado em ordens de cavaleiros devido ao seu simbolismo ligado à nobreza e à glória. A maioria das espécies comumente encontradas hoje são espécies híbridas, produzidas através de cruzamentos buscando flores mais duradouras e combinações de cores e de perfumes. Uma das espécies mais conhecidas é o Lilium candidum (o lírio branco). de origem balcânica, se difundiu rapidamente pela região do Mediterrâneo após o imperador romano Augusto emitir uma lei que impunha que todas as plantas consideradas úteis fossem cultivadas na região a fim de evitar a importação. Hoje esta espécie é considerada semi- espontânea USO O lírio é uma planta utilizada para muitos fins há muito, muito tempo. Existem muitas espécies da família Liliaceae que recebem esta denominação, mas é necessário cuidado, pois muitas outras plantas, pertencentes a outras famílias também recebem popularmente este nome, como o lírio do brejo, o lírio da paz e outras plantas como a trombeta branca. Embora algumas espécies tenham o bulbo comestíveis, outras são potencialmente tóxicas e, por este motivo, é necessário cautela ao usar qualquer parte da planta, seja para uso interno ou externo. Seu uso mais popular é o ornamental, com flores muito apreciadas para jardins e arranjos. Devido à seus óleos essenciais e seu perfume é muito utilizado na perfumaria. O aroma da flor possui substâncias peculiares chamadas de feniletilamina. Essa substância ajuda o organismo na produção de endorfinas, que é atribuído a sensações de bem estar e tranqüilidade Antigamente era usada para o tratamento de depressão. Externamente é usado em tônicos e produtos anti envelhecimento devido ao seu poder antioxidante. Extrato das raízes são usados como antisséptico, anti-inflamatório, cicatrizante, refrescante, aromatizante, adstringente, antiacne REZA A LENDA De acordo com a mitologia grega, Hércules, filho de Zeus como uma mortal, foi posto para mamar em Hera enquanto ela dormia, ao acordar ela empurrou o bebê rapidamente e gotas de seu leite voaram e se transformaram na Via Láctea, algumas gotas caíram na terra e foi daí que brotaram os primeiros lírios! Por isso esta flor tinha o nome de Rosa de Hera. Existe também uma versão de que a origem da flor foram as lágrimas derramadas por Eva ao ser expulsa do paraíso. Desde o século XVII o lírio é usado em homenagens à virgem Maria, representando a virgindade, a pureza e a castidade.Dizem que Maria, mãe de Jesus, se apaixonou por José ao vê-lo carregando uma flor de lírio em meio a multidão. Por este motivo, nas várias iconografias, São José é frequentemente retratado com uma vara de onde florescem os lírios brancos. Já no candomblé e na umbanda, a flor é ofertada para a deusa das cachoeiras e rios, Oxum. Na idade Média acreditavam que as flores de Lírio branco protegiam as residências e afastava as bestas, por isso era facilmente encontrada em jardins em frente às casas. CURIOSIDADE A flor do lirio é muito relacionada ao casamento. Na idade média era vista como símbolo de pureza e castidade, sendo por isso comumente eram usados buquês de lirio pelas noivas, ao entrar na igreja. Na China acredita-se que sonhar com lírios significa um casamento próximo. Existem mais de 100 espécies de lírios que variam em número de flores, cores e perfumes. CARACTERÍSTICAS Reino: Plantae Clado: Angiosperma Ordem: Lilales Família: Liliaceae Gênero: Lilium Possui folhas estreitas com veias paralelas, dispostas ao redor do caule. As flores são compostas por seis pétalas, geralmente reunidas em inúmeras inflorescências em hastes longas, de cores diferentes que, dependendo da espécie, podem ser muito perfumadas. A planta tem um caule de oitenta centímetros de altura e dois metros de altura, uma grande flor formada por seis pétalas e sépalas invisíveis e bulbos basais que nutrem o caule e raramente dão vida a uma estrutura de planta com raízes. REFERÊNCIAS Lírio do campo: perfume inigualável, forma exuberante e lição de vida (tudoela.com) em 24/01/2022 História do Lírio, Origem da Flor e Significado na Bíblia | Mundo Ecologia em 24/01/2022 Lirio Curiosidades E Fatos Interessantes Sobre A Flor | Mundo Ecologia em 24/01/2022 Lírio. Flores Em Lendas E Tradições. O Emblema Da Pureza. Flor Do Arcanjo Gabriel. Flor Da Dinastia Bourbon | Jardim de flores 2022 (mygardenspaces.com) em 26/01/2022 Curiosidades Sobre os Lírios | Flores - Cultura Mix em 26/01/2022 Liliaceas Observações botânicas e suas aplicações na Medicina Antroposófica - Flavio E Milanese Produtos Magna Mater com Lírio

  • Pracaxi

    Origem: Floresta Amazônica Tipo: árvore Altura: até 14 metros Uso: cosmético, medicinal Pracaxi é um membro da família Fabacea, tendo como nome científico Pentaclethra macroloba Willd Kuntze. No Brasil, a planta passou a se desenvolver em áreas de várzea, além de crescer na beira de rios. Os estados que apresentam esta planta com abundância são Roraima, Pará, Amapá, Bahia, Acre e Amazonas, onde há grande concentração nas áreas florestais. onde são conhecidas com variados nomes tais como aracaxi, parauaxi, paroacaxi, pau-mulato, pracaqui e tarauaxi. HISTÓRIA Apesar de o Pracaxi já ser usado na medicina popular, ribeirinha e indigena há muito tempo, só começou a ser estudado e usado comercialmente há pouco tempo. Em 2008, no estado do Pará, a coleta de suas sementes passou a ser estimulada como forma alternativa de renda pelos moradores da região da floresta. Como as árvores costumam crescer em áreas de inundação, suas sementes caem na água e são levadas pelo rio, a coleta, muitas vezes, se dá nas margens dos rios. A cata das sementes também pode ocorrer próximo às árvores, mas como são nativas de áreas inundáveis e em regiões de mata fechada, a colheita fica mais difícil devido aos animais e perigos da floresta. As sementes não são colhidas na árvore, pois quando estão maduras caem e é neste ponto que estão prontas para o uso e comércio. A função de colheita é majoritariamente feminina e das crianças. Por isso a prática se mostra imensamente importante para as famílias da região, que veem uma oportunidade de renda alternativa e muito importante para o sustento familiar. O comércio das sementes tem se mostrado não só como uma importante prática comercial, mas também de grande ajuda para a preservação ecológica da região. A colheita, que é feita após as sementes caírem, não necessita de derrubada da árvore ou da quebra de galhos e os habitantes entendem que o ecossistema onde os pracaxis vivem, devem ser preservados para que a árvore produza maior quantidade e qualidade. O pracaxi tem sido uma das muitas espécies nativas da floresta amazônica amplamente estudada por empresas da área de cosméticos e farmacêutica. USO A Partir das sementes se produz o óleo de pracaxi, muito utilizado em cremes e produtos para o rosto e cabelo. O óleo é muito rico em ácidos oleico e behênico, que possuem ação nutritiva e condicionante. Também possui ação umectante e repelente, especificamente contra o mosquito Aedes aegypti. Estudos têm revelado constituintes isolados no óleo com função anti-hemorrágica, anti séptica, depurativa e cicatrizante Nos cabelos ajuda na restauração dos fios, melhorando a aparência geral. Devido à ação antifúngica, combate a caspa e previne a queda, fortalece as raízes. Por ser rico em ácidos graxos de cadeia longa, hidrata e nutre os fios profundamente, diminuindo o frizz e as pontas duplas. Na pele melhora a elasticidade a possui forte ação revitalizante, minimiza manchas e previne o aparecimento de estrias. Cria um filme protetor sobre a pele que impede a perda de umidade e protege de agentes externos como o sol, vento e poluição. Devido suas propriedades antifúngicas, antibacterianas e antissépticas, diminui coceiras e irritações, sendo indicado no caso de dermatites e psoríases. Na medicina popular é usado contra erisipela. Sua casca e sementes maceradas produzem uma pasta muito utilizada em casos de picadas de animais peçonhentos como cobras e escorpiões. É utilizado em banhos de óleo nos cabelos para fortalecer e dar brilho. Auxilia na recuperação da estrutura dos fios e possui ação condicionante. Auxilia na prevenção estrias, estrias pós-parto, cicatrizes, manchas e despigmentação da pele. Sua casca é adstringente, é usada na recuperação do pós parto e também como cicatrizante em feridas. CARACTERÍSTICAS Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Fabales Família: Fabaceae Sub Familia: Mimosoideae Gênero: Pentaclethra O pracaxi, paracaxi ou paroá-caxi é uma árvore da família das Leguminosas - Mimosoideae, com altura de 8 -14 m. Tronco ereto e cilíndrico com casca rugosa. Folhas compostas bipinadas, de cor escura e brilhante. Possui inflorescências em espigas terminais cilíndricas ou subterminais, com flores perfumadas de cor branca com corola campanulada. O fruto é um legume (vagem) achatado, deiscente, glabro, lenhoso, com estrias longitudinais, variando de 16-45 cm de comprimento, com 4-6 sementes grandes, de cor verde que muda para pardo-escura quando madura, abrindo-se bruscamente e projetando as sementes a uma grande distância. REFERÊNCIAS Crespi_Ocorrência, coleta, processamento primário e usos do pracaxi.pdf (orgprints.org) ÓLEO VEGETAL PRACAXÍ – Tropik Cosmetics Beleza verde: lei facilita pesquisa e populariza insumos da Amazônia - 05/06/2016 - Ambiente - Folha de S.Paulo (uol.com.br) ÓLEO DE PRACAXI - "O ÓLEO MILAGROSO" · EBPM Pracaxi: considerado como elixir amazônico protetor da saúde (coisasdaroca.com) Agro 2.0 em Pracaxi é uma árvore que integra a biodiversidade amazônic Óleo de pracaxi: benefícios para pele e cabelos - eCycle Nossos produtos que possuem Pracaxi em sua composição: Macara facial Tea Tree Secativo Tea Tree Esfoliante Tea Tree Oleo Protetor Magna Fili Óleo para Perineo Loção de Limpeza Algodão e Hamamellis Creme Protetor Troca de Fraldas Creme anti Estrias Óleo de Umectação Capilar Manteiga esfoliante para áreas Ressecadas Hidratante Cupuaçu Creme pés Creme mãos

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