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- Trigo
Triticum sp Região nativa Sudoeste da Ásia Altura até 1,5 metros Uso Cosmético, culinário, comercial, medicinal Triticum em latim, trigo em português, é um cereal (como o arroz e o trigo) que sempre fez parte da alimentação das civilizações desde a Antiguidade. “”Os Cereais (Ceres = Demetria, deusa grega, das plantas que brotam e do amor maternal), formam grupo que merece um olhar especial, pois são seres que se concentram em formar-se como alimento para os animais e para o homem! As Gramíneas expressam sua força horizontal pelos prados por onde de espalham formando verdadeiros tapetes verdes que se tornam dourados quando maduros enquanto suas raízes permeiam a terra (suas raízes podem chegar a 2 km!) Também expressam seu impulso vertical através das hastes com alto teor de silício, como raios de luz condensados. Diferente das outras gramíneas, que tem suas sementes dispersas ao vento, nos cereais, elas se mantêm reunidas, tal qual uma coroa Real. Com a maturação das sementes, que é portadora de toda a luz condensada, sua ligação com a terra se afrouxa pela a atrofia das raízes, estando os grãos, prontos para serem colhidos. Perfeita síntese de carboidratos, através da transformação do açucar em amido, o grão apresenta três elementos principais: O germe - Que representa o verdadeiro fruto, a semente, portador de proteína e gordura A parte farinácea - Onde se encontram os carboidratos, expressão da força de assimilação das folhas e principal elemento de nossa alimentação A película - Trazendo as forças da raiz, através de sete invólucros ricos em minerais, vitaminas e proteínas” (...) Cereal e Homem - uma comunidade" - Werner Kollath HISTÓRIA O trigo é originário da antiga Mesopotâmia, mais especificamente na região da Síria, Jordânia, Turquia e Iraque, segundo os artigos de arqueologia. Nesta época, o homem ainda era nômade e os cereais eram encontrados espontâneios na natureza. O homem cultiva o trigo (Triticum vulgare), há pelo menos 6.000 anos e para tirar a farinha triturava os grãos entre pedras rústicas. Durante as escavações arqueológicas, foram encontrados grãos de trigo nos jazigos de múmias do Egito, nas ruínas das habitações lacustres da Suíça e nos tijolos da pirâmide de Dashur, cuja construção data de mais de três mil anos antes de Cristo. Ainda segundo relatos da Bíblia dos cristãos, filósofos que viveram em 300 a.C. já escreviam sobre tipos de trigo no Egito. O trigo era plantado na China muito tempo antes do nascimento de Cristo. Os cientistas acham que o trigo foi cultivado pela primeira vez, entre os rios Tigre e Eufrates, na antiga Mesopotânea (atual Iraque). Em 1948, o cientista norte-americano Robert Braindwood descobriu sementes de trigo no Iraque que datam de aproximadamente 6700 a.C. Os dois tipos de trigo encontrados por Braindwood são muito semelhantes, em diversos aspectos, ao trigo cultivado atualmente. Em Roma, o trigo era o cereal nobre, preferido pelos ricos, enquanto os pobres e os escravos tinham que contentar-se com a cevada. Da região mediterrânea, o grão foi levado para o resto da Europa e, na Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia foi gradualmente substittuindo outros cereais usados na alimentação. O uso do pão branco, de massa fermentada, é atribuído, em primeiro lugar, aos egípcios, 20 a 30 séculos antes de Cristo. Com o passar dos tempos, aperfeiçoou-se a técnica de fabricação, controlando-se melhor a fermentação e diversificando formas, tipos e sabores, além da adição de outros ingredientes como ovos, leite, cereais diversos, dentre outros. O trigo é cultivado em todo mundo, sendo o segundo maior plantio entre os cereais e uma das principais bases da alimentação de humanos e animais. O trigo deve ter sido uma das primeiras culturas tentadas pelos portugueses no Brasil. A história do trigo no Brasil teve início em 1534, quando as naus de Martim Afonso de Sousa trouxeram as primeiras sementes para serem lançadas às terras da Capitania de São Vicente, de onde foi difundida por todas as capitanias, invadindo até a Ilha de Marajó, cujas plantações se tornaram, mais tarde, famosas. Os trigais brasileiros se anteciparam aos norte-americanos, argentinos e uruguaios, pois o Brasil foi o primeiro país americano a exportar trigo, graças a lavouras em São Paulo, Rio Grande do Sul e outras regiões, antes do aparecimento de uma praga, a ferrugem. Entre 1840 e 1850, embora a ferrugem já estivesse arruinando os trigais brasileiros, existiam ainda culturas no município pernambucano de Bonito, a 480 m de altitude; em Viçosa, Alagoas; na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, entre outros. Eram culturas pioneiras que mostravam a possibilidade do Brasil produzir trigo não só nas regiões Sul e Leste, bem como no Nordeste e no Centro-Oeste, desde que se corrigisse a latitude com a altitude. Mas, por volta do primeiro quarto do século passado, e devido à ferrugem que se abateu sobre os trigais brasileiros, começou a decadência de nossa triticultura na sua primeira fase. Os imigrantes europeus sempre contribuíram para a difusão da cultura do trigo. Porém não havia a preocupação em introduzir variedades resistentes às diversas ferrugens e capazes de se aclimatarem no Brasil. Assim, aos anos de êxito seguiram-se os de fracasso. Em 1924, foi contratado o geneticista sueco Iwar Beckman, que realizou as primeiras hibridações de trigo no Brasil, destacando-se a que ficou conhecida como “Fronteira”, resistente à ferrugem amarela, que dizimou os trigais do Rio Grande do Sul, sendo de melhor rendimento que outras variedades então disponíveis. Cruzando “Fronteira” com “Mentana”, este trazido por Gayer da Itália, Beckman obteve o trigo “Frontana”, que entra para a história como o primeiro resultado espetacular da pesquisa no Brasil. Deflagrada a Revolução de 1930 no País, uma das primeiras preocupações do Governo recém-instalado foi conceder incentivos financeiros à produção de trigo, visando ao aumento da produtividade. Porém o esforço governamental só veio a encontrar ressonância após a 2a. Guerra Mundial, com a adoção da política de substituição de importações. Até 1990 não havia qualquer classificação das variedades recomendadas no Brasil, quanto à aptidão de suas farinhas para a panificação. O projeto de Mapeamento dos Trigos Brasileiros, patrocinado, no primeiro ano, pelos Grupos Santista e J.Macêdo e, nos seguintes pela própria ABITRIGO, possibilitou estabelecer esta classificação. A espetacular melhoria na competitividade do trigo nacional não esgotou o problema de qualidade, ainda há um longo caminho a ser trilhado no esforço de elevação da qualidade dos trigos brasileiros. CURIOSIDADE No dia 10 de novembro se comemora o Dia do Trigo. Os trigos primitivos tinham espigas muito frágeis, que quebravam com facilidade quando maduros. As sementes eram aderidas às pontas florais. Foram necessários muitos anos de seleção natural e artificial para chegar aos tipos de trigo agora conhecidos. REZA A LENDA A origem do precioso grão mistura-se com as lendas de quase todas as religiões: os egípcios atribuíam o seu aparecimento à deusa Isis; os fenícios a Dagon; os hindus a Brama; os árabes a São Miguel; os cristãos a Deus. “Num dia de outono, triste e frio, saiu um homem a semear. Levando no braço esquerdo o saco de grãos, caminhava lentamente. A cada passo lançava um dos grãos — belo trigo, sadio e redondo — e os grãos caíam, rolavam e se escondiam na terra negra e arejada. Aconteceu que um grão de trigo se achou de repente sozinho, entre dois torrões de terra preta e úmida. E o grãozinho ficou muito, muito triste. Tudo estava escuro e úmido, e a escuridão e a umidade aumentavam cada vez mais, pois o nevoeiro se transformara numa chuvinha enfadonha, ao aproximar-se a noite. Dava à gente vontade de se entregar ao desespero. E foi o que fez o grãozinho de trigo. Começou a esquadrinhar a memória, procurando lembrar-se dos bons tempos que haviam ficado para trás. Pensou nos dias em que ele se elevava numa esbelta espiga, acariciado pelo sol, embalado ao vento, sentindo-se tão bem como uma criança nos braços da mãe. Todo o enorme trigal verde-acinzentado estava cheio de altivas espigas, e lá em cima, no céu azul, resplandecia o sol, e as cotovias cantavam desde o romper do dia até o anoitecer. E quando o sol se punha, não ficava tudo frio e úmido como agora, mas um suave orvalho descia, como uma onda refrescante, sobre o grão aquecido pelo sol. E uma grande lua, toda de ouro, brilhava docemente sobre as plantações que amadureciam. Era o bom tempo! Mas chegara o dia terrível em que a foice sibilou pelos campos, e com um som roufenho abriu caminho através das espigas. Depois dela vieram os segadores com seus ancinhos, e as espigas foram amarradas em feixes e amontoadas nas carroças. O trigal se assemelhava agora a um campo de batalha, do qual continuamente as ambulâncias retiravam os mortos e feridos. E chegara ainda o dia mais terrível em que, para a debulha, o mangual dançou sobre o grão dourado, estendido na eira, batendo-o sem piedade, com o furor de um soldado que luta às cegas. Dispersaram-se as espigas — estas pequenas famílias de grãos reunidos desde a mais tenra infância — e os grãos isolados voaram cada um para o seu lado. No saco de grãos, em todo caso, ainda se encontravam em sociedade. Mas agora era o abandono completo, a triste solidão, a destruição certa. No dia seguinte a grade passou sobre o campo, e nosso grão de trigo se viu em trevas ainda mais espessas, com terra por cima dele, terra por baixo, terra por todos os lados. E a umidade continuou. O grãozinho se sentiu bem doente. Compreendeu que qualquer coisa se quebrava e fermentava dentro dele. Por toda parte a água o encharcava, e não havia um só cantinho seco em suas entranhas. Parecia estar à morte. Enviou então um último pensamento, uma última saudade cheia de melancolia, ao tempo ensolarado de sua vida, e murmurou esta queixa: — Oh! Por que fui eu criado, se devia terminar de maneira tão horrível? Teria sido muito melhor para mim se jamais tivesse conhecido a luz do sol. Então, a este pobre ser abandonado fez-se ouvir uma voz, uma voz que parecia vir do interior da terra: — Não tenhas medo, não perecerás. Abandona-te com confiança e de bom grado, e eu te prometo uma vida melhor. Morre, pois é esta a minha vontade, e tu viverás. — Quem sois vós que me falais? — perguntou o grão de trigo, enquanto o invadia um grande sentimento de respeito, pois a voz parecia falar a toda a terra, e mesmo ao universo inteiro. — Eu sou aquele que te criou, e que agora te quer criar de novo. Então o pobre grão de trigo, que morria, abandonou-se à vontade de seu Criador, e não mais se preocupou consigo. Numa manhã de primavera, um rebentozinho verde enfiou a cabeça para fora da terra úmida. O sol brilhava. Da terra aquecida se desprendia um calor gostoso. E lá em cima, no ar azulado, cantava um bando incalculável de cotovias. O grão de trigo — pois quem mais poderia ser aquele rebento verde? — olhou ao derredor, com grande alvoroço. Tinha de fato voltado à vida. Tornava a ver o sol e a ouvir cantar as cotovias. E não estava só, pois em todo o campo via outros brotinhos verdes, um exército inteiro, e neles reconheceu seus irmãos e suas irmãs. Então a jovem planta se sentiu tão cheia de alegria de viver, que lhe pareceu um dever de gratidão elevar-se até o céu e acariciá-lo com suas folhas. E era como se a mesma alegria reconhecida tivesse dado asas às cotovias que se elevavam nos ares. Seu canto se tornava mais claro e mais puro, à medida que subiam. E uma voz, que desta vez não vinha de dentro da terra, mas do alto, disse: — Se o grão de trigo não morrer depois de lançado à terra, nada produzirá. Mas se morrer, produzirá muito fruto. (G. Delcuve SJ e A. de Marneffe SJ, "Testemunhas de Cristo" - Companhia Editora Nacional, SP, 1951) USO O trigo é um cereal da família das gramíneas (ver), do gênero Triticum, que compreende cerca de 24 espécies, das quais as mais extensivamente cultivadas são T. aestivum e T. durum. É o cereal mais importante na alimentação humana, nas regiões de clima temperado. O trigo é útil ao homem através de seus derivados imediatos farinhas (branca e integral) e triguilho. Com as farinhas prepara-se diversos tipos de pão, macarrão, talharim, capeletes e ravioles, carne de trigo (glúten), café de trigo, canjicas, bolos, esfilhas, massas (para tortas, empadas, pastéis), panquecas, pizzas e outras. Com o triguilho prepara-se quibes, torta de quibe, tabule, outros. As mudanças na composição do trigo são muitas devido às diferenças entre as condições de solo e de clima das diversas regiões onde o grão é plantado, sendo difícil manter o padrão da farinha de um ano para o outro. Para a fabricação de pão e de outros produtos fermentados, a farinha de trigo deve possuir consistência dura, já que se faz necessário o uso de uma farinha mais forte. O grão de trigo é dividido em três partes: a casca (pericarpo), que constitui de 14% a 18% do peso do grão; a semente (endosperma) que contém cerca de 80% a 83% e é a parte utilizada para produção da farinha de trigo; e o gérmen, que é o embrião de uma nova planta constituindo cerca de 2,5% a 3% do grão de trigo. Durante a moagem do grão para se obter a farinha de trigo, o gérmen é retirado devido ao teor de gordura que tornaria a farinha rançosa. Porém, esse resíduo não é desperdiçado. O gérmen é a parte mais rica em nutrientes, e por se deteriorar rapidamente após ser destacado do grão, a melhor maneira de aproveitar esses nutrientes é por meio da produção do óleo de gérmen de trigo. O óleo obtido contém grandes quantidades de vitamina E, K, potássio, sais minerais e gorduras insaturadas. Eles atuam como antioxidantes e, por esta razão, o óleo de gérmen de trigo é muito empregado na indústria cosmética em fórmulas de xampus, cremes hidratantes, condicionadores de cabelos, para fazer sabão e sabonetes e para outros usos. O óleo de gérmem de trigo ajuda a melhorar significativamente a aparência da pele, revertendo danos causados por queimaduras ou pelo sol e servindo como um ótimo protetor solar natural para o corpo. Também evitam erupções e acnes e melhoram o aspecto visual da pele. E auxiliam no tratamento de psoríase, eczema e dermatite, tanto em adultos quanto em crianças, diminuindo as cicatrizes. As propriedades do óleo de gérmen de trigo também podem ser aplicadas nos cabelos. O óleo ajuda a melhorar a aparência dos cabelos secos, elimina o frizz e fecha as cutículas de cabelos danificados. Mas a ação não para por aqui, o óleo de gérmen de trigo ajuda no crescimento capilar e previne quedas do mesmo. O trigo, assim como o malte, a cevada, a aveia e o centeio, possui o glúten em sua composição. Desta forma, não deve ser consumido por portadores da doença celíaca, já que a mesma traz como consequência ao organismo (caso consumido estes alimentos), uma atrofia nas mucosas do intestino delgado, prejudicando o organismo e a absorção de diversos nutrientes. CARACTERÍSTICAS Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida como a Banana Ordem: Poales como o abacaxi Familia: Poaceae como a Aveia Genero Triticum L. O pé de trigo é verde-brilhante e pode crescer até 1,5 m de altura. A planta tem duas formações de raízes: as primárias ou temporárias, que são as primeiras a nascer e geralmente não apresentam muitas ramificações; e as permanentes, que surgem depois, nos primeiros nós dos colmos, ramificando-se e aprofundando-se muito no solo. Os colmos são, em geral, eretos e formados de nós e entrenós. As folhas são alternadas, longas e delgadas. As flores, em inflorescência do tipo espiga, surgem na extremidade do colmo e ficam presas a um eixo principal chamado raque. Cada espiga tem, em média, cinco flores e é protegida por invólucros que, em algumas variedades de trigo, formam prolongamentos na forma de barba (praganas). A fecundação ocorre quando o pólen de uma flor, transportado pelo vento, é depositado nos pistilos. Após a fecundação, os ovários do trigo dilatam-se e surgem os grãos. Uma planta saudável produz em média 15 grãos de trigo. O Grão de Trigo mede de 3 a 6 mm de comprimento. Divide-se em três partes principais: o germe, o pericarpo e o endosperma. O germe é a parte de onde nascerá a nova planta, sendo formado de proteínas, vitaminas e gordura constituindo cerca de 2,5% a 3% do grão de trigo, . O pericarpo que constitui de 14% a 18% do peso, é composto de várias camadas que protegem a semente e é usado principalmente na fabricação de alimentos para animais. O endosperma de 80% a 83% e é formado sobretudo de amido e é a parte de onde se retira a farinha. O endosperma contém uma proteína denominada glúten, que tem a propriedade de dilatar-se em contato com o fermento, possibilitando o crescimento do pão. . REFERÊNCIAS https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/trigo https://mapric.com.br/pdf/Boletim803_15082016-16h36.pdf https://www.ecycle.com.br/2641-oleo-de-germen-de-trigo https://naturdata.com/especies-portugal/taxon/1@2-plantae:magnoliophyta:liliopsida:poales:poaceae/
- Eucalípto
Região Nativa: Principalmente Austrália Tipo: de arbusto baixo a árvore alta Altura: de 10 a 60 metros Uso: comercial, construção civil, cosmético, terapêutico, medicinal “Remamos e remamos sobre a água tão azul Como uma pena flutuávamos ao longo Em uma canoa de eucalipto.” (Canção folclórica tradicional australiana) O eucalipto possui mais que 500 espécies conhecidas, com árvores de pequeno porte até grandes árvores, estando entre as mais altas. Nativo da Tasmânia , Austrália, onde uma das espécies também é chamada de “árvore de resina azul”, já se espalhou para quase todas as regiões tropicais e subtropicais da Terra. Devido a seu crescimento rápido é usado amplamente no reflorestamento e na produção de celulose. Na Austrália são essenciais para a áreas de conservação onde os coalas vivem. HISTÓRIA Mais de 700 espécies de eucalipto cresciam em torno da costa da Austrália quando os primeiros colonizadores chegaram. Durante o primeiro século de colonização, as florestas de Eucalipto foram sistematicamente derrubadas para abrir pastos para o gado e as ovelhas. Mas a bordo do navio inglês do Capitão James Cook estava o colecionador de plantas Joseph Banks que, junto com o botânico sueco Daniel Carlsson Solander desceram na costa, em 1770, para estudar e apreciar a flora local. Banks ficou impressionado com as árvores altas e graciosas, com a casca prateada descamando e suas folhas com aroma peculiar. Mas foi o Horticultor francês Charles Louis L’Héritier de Brutelle (1746 – 1800) quem deu a espécie o nome Eucalyptus obliqua. O nome eucalipto significa “bem coberto”, em referência a como a árvore protege suas flores. Dois séculos depois, as poucas plantas coletadas na Austrália haviam se espalhado por toda área tropical do planeta. Hoje, as florestas de eucaliptos representam 40% de todas as plantações de florestas tropicais do globo. Não há uma data exata da introdução do eucalipto no Brasil. Existem relatos de que os primeiros exemplares foram plantados nas áreas pertencentes ao Jardim Botânico e Museu Nacional do Rio de Janeiro, nos anos de 1825 e 1868; no Município de Amparo, SP, entre 1861 e 1863; e no Rio Grande do Sul, em 1868. Os primeiros estudos científicos no Brasil com o eucalipto foram iniciados em 1904, pelo Eng. Agrônomo Edmundo Navarro de Andrade, no Horto Florestal de Rio Claro, SP, pertencente à ex-Companhia Paulista de Estradas de Ferro. O crescimento da área reflorestada no País foi marcante a partir da promulgação da Lei de Incentivos Fiscais, ocorrida em 1966. Estima-se que, atualmente, existam no Brasil, aproximadamente 5 milhões de hectares de florestas plantadas de eucalipto. O Eucalipto tem grande importância comercial na economia brasileira. Segundo a Indústria Brasileira de Árvores, são 5,5 milhões de hectares plantados com este gênero, com uma produtividade média de 39 m³/ha/ano. A produtividade, contudo, depende de diversos fatores, como o local de plantio, os tratos culturais e os insumos disponibilizados. O plantio ostensivo de áreas de eucalipto requerem cuidados pois nenhuma monocultura abriga uma biodiversidade como nas florestas naturais. De forma geral, espécies de eucalipto têm sido preferencialmente utilizadas devido ao seu rápido crescimento, capacidade de adaptação às diversas regiões ecológicas e pelo potencial econômico, tendo em vista a utilização diversificada de sua madeira. Os germoplasmas mais utilizados no momento, em função das características de suas madeiras e importância econômica, são: Eucalyptus grandis, E. saligna, E. urophylla, E. dunni, E. benthamii, Corymbia citriodora (ex-Eucalyptus citriodora) híbridos de E. grandis x E. urophylla e outros híbridos interespecíficos. USO Essa planta tem sido utilizada há muito tempo. Auxilia em problemas respiratórios, diabetes, doenças reumáticas e problemas de pele. Também é utilizado para a limpeza da pele e desinfetar e perfumar ambientes. As folhas são destiladas a vapor para extrair o óleo, que é um líquido incolor com um aroma forte, doce e amadeirado. Contém 1,8-cineole, também conhecido como eucaliptol. As folhas também contêm flavonóides e taninos. Os flavonoides são compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias encontrados em vários vegetais que juntos aos taninos podem ajudar reduzir inflamações. As resinas na casca produzem ácidos quinotânicos usados em dentifrícios e xaropes para garganta. O óleo que vem do eucalipto é usado em antissépticos, perfumes em cosméticos, aromatizantes, assim como em preparações dentárias e em solventes industriais. Seu uso em medicina é antigo, e seu óleo essencial, um remédio extremamente eficaz e versátil. Um dos melhores óleos antissépticos e agente antiviral, expectorante e estimulante do sistema respiratório, é sobejamente conhecido pelo seu efeito em resfriados e catarro, sendo indicado para asma, bronquites, resfriados, tosse, febre, gripes, má circulação, diabetes, sinusites, doenças infecciosas e urinárias, herpes labial, reumatismo e dores musculares, parasitas intestinais e até em mordidas de cobras. Balsâmico, equilibra as energias, e é frequentemente usado em saunas para purificar o ar. As duas espécies de Eucalipto mais comumente usadas para extração de óleo essencial são o Eucalipto globulus e o Eucalipto citriodora. O óleo essencial de Eucalipto globulus agrega em sua composição alto teor de cineol, constituinte que lhe confere fortes atuações expectorantes e o aroma característico do eucalipto, sendo comumente empregado em saunas para purificar o ar. O óleo essencial de Eucaliptus citriodora distingue-se por possuir maior teor de citronelal em sua composição, que lhe confere o aroma característico deste constituinte. Esta variedade de óleo essencial de eucalipto não possui a propriedade de expectoração, mas tem uma boa ação repelente, sendo muito eficaz para repelir mosquitos e pernilongos. CURIOSIDADE O coala, animal nativo das florestas australianas, depende do eucalipto para sobreviver. Ele consome ate 1kg de suas folhas a cada noite e, em função do baixo teor de nutrientes, demanda 20 h de sono diário, CARACTERÍSTICAS Nome: Eucalipto Classe: Magnoliopsida como a Melancia. Ordem: Myrtales como a Romã Familia: Myrtaceae como a Pitanga Genero: Mirtaceas/ Corymbia/ Angophora Da família das Mirtáceas, árvore perene de grandes folhas, que pode atingir até 60 metros de altura. As folhas se apresentam de dois tipos, sendo que nos ramos jovens são opostas, ovaladas e pontudas e nos ramos mais velhos são falciformes, com duas faces diferentes. As flores nascem na base do pecíolo. O fruto é uma cápsula angulosa, acompanhado de cálice persistente e contém várias sementes, algumas férteis e outras estéreis. Reproduz-se por sementes, de preferência em regiões de clima temperado quente, adaptando-se bem a diversos tipos de solos, ricos em sais minerais. As folhas de uma planta devem ser coletadas na época das estações mais frias. REFERÊNCIAS https://www.portalsaofrancisco.com.br/bem-estar/eucalipto https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/eucalipto/Abertura.html https://www.ibflorestas.org.br/os-mitos-e-verdades-do-eucalipto https://www.emporiolaszlo.com.br/ https://www.ecycle.com.br/7421-eucalipto http://www.scielo.br/pdf/rbfar/v11n2/a05v11n2.pdf
- Algodoeiro
Gossypyum herbaceum L / G. hirsutum L. “Sementes de algodão agora são de vento as minhas mãos" Nenpuku Sato HISTÓRIA O algodão é conhecido do homem desde tempos muito antigos. Primeiras referências históricas ao algodão estão no Código de Manu, do século VII a.C., considerado a legislação mais antiga da Índia, mas existem registros de que os Incas e outras civilizações antigas já utilizavam o algodão por volta de 4.500 a.C. Escritos antigos apontavam que a principal região de cultura estava localizada na Índia, e que o algodão já era considerado produto de primeira necessidade no Egito, Sudão e toda a Ásia Menor. Acredita-se que a produção de algodão se espalhou do Paquistão para a China, Japão e Coreia. Como mercadoria, foi difundido na Europa levado pelos Árabes, alcançando a Península Ibérica em meados do século X. No entanto, quando no século XVI os Europeus chegaram à América, o algodão já vinha sendo transformado em tecido desde há muito pelas civilizações antigas da América Central. Também no Brasil, diversas tribos indígenas já dominavam seu plantio e colhiam, fiavam, teciam e tingiam peças feitas de suas fibras desde antes da chegada dos portugueses. Além da utilização das fibras na confecção de redes e cobertores, existem registros de que partes da planta eram utilizadas na alimentação e as folhas como medicamento para cura de feridas devido a suas propriedades antiinflamatórias e protetoras. USO Suas folhas podem ser utilizadas para chás medicinais. Das sementes se produz o óleo e outros extratos, como o glicólico e o alcoólico (Tintura mãe), que têm propriedades cosméticas e medicinais. As sementes são largamente utilizadas como estimulantes da produção de leite no período de amamentação. De cor dourada a amarelo avermelhado e sabor suave, o óleo de algodão é rico em vitamina E, F e fonte de Ômegas 3 e 6, além de possuir uma combinação de ácidos graxos saturados e insaturados como o ácido linoleico. Os extratos vegetais extraídos da semente do algodoeiro são ricos em betaína, fitosterol, ácido salicílico (traços), ácidos graxos, amido, tanino e matérias resinosas. Na pele tem ação emoliente, hidratante, antiinflamatória e hidrófila. Previne o ressecamento, a desidratação e a descamação da pele. Combate os radicais livres e previne o envelhecimento precoce. REZA A LENDA Uma das lendas mais conhecidas entre os índios do Nordeste conta que, em épocas bastante remotas, as tribos daquela região brasileira viviam de forma muito primitiva: dormiam em cavernas ou no alto das árvores; alimentavam-se da caça, da pesca e da coleta de frutos e ainda desconheciam totalmente a arte de fiar e tecer. Mas o deus Tupã ficou com pena dessas criaturas, que viviam como os animais da floresta, e uma noite, quando o chefe Sacaibu descansava com a sua tribo junto a um despenhadeiro, o grande deus surgiu diante dele e lhe deu um punhado de sementes, dizendo-lhe para plantá-las ali mesmo, na borda do precipício. Tupã recomendou também a Sacaibu que ficasse naquele lugar com sua gente até que as plantas crescessem e se transformassem em árvores. E eles assim o fizeram; e enquanto esperavam, começaram a construir a primeira aldeia da tribo. Nas horas de descanso, ficavam admirando a densa floresta e os riachos do vale que avistavam do alto do penhasco e imaginavam um jeito de chegar até lá, onde a caça e a pesca deveriam ser abundantes. Com o passar do tempo, as plantinhas tornaram-se arbustos frondosos, cobertos de flores que logo se abriram, mostrando macios tufos brancos. Orientados por Sacaibu, os índios colheram os tufos brancos, desfiaram-nos e teceram seus fios para fazer cordas longas e resistentes com as quais puderam descer até o vale. Quando chegaram lá em baixo, descobriram que naquelas terras viviam uma tribo muito adiantada e bem organizada. Pacíficos e amistosos, os moradores do vale subiram até o alto do penhasco a fim de ensinar à tribo de Sacaibu a cultivar a terra, erguer grandes malocas, domesticar os animais selvagens e fazer belos tecidos. Foi assim que, segundo a lenda, nasceram as primeiras plantações de algodão e o seu aproveitamento econômico, para o bem da humanidade. REFERÊNCIAS \http://estrelasfamintas.blogspot.com.br/2011/04/lenda-do-algodao.html http://www.mapric.com.br/anexos/boletim361_23082007_172903.pdf http://w3.ufsm.br/nppce/disciplinas/algodao.pdf http://www.ufrgs.br/spmb2012/Trabalhos/3430_1342037568_resumo_simposio_plantas_manu_2012.pdf http://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/ALGODOEIRO.pdf
- Arroz
Oryza sativa L. Região nativa: Ásia Tipo: Gramínea produtora de grãos (Cereal) Altura: de 0,6m a 2 m Uso: Comestível, comercial, cosmético O Arroz está presente na meditação com os dias da semana, proposto por Rudolf Steiner Dia da semana: Segunda-Feira Planeta: Lua (anjos) Nota: Si Cor: Lilás Metal: Prata Cereal: Arroz Reflexão do dia: A fala. O ARROZ O Arroz, assim como o milho e a aveia, é um cereal. Dentre eles, o Arroz é o cereal do extremo oriente. Necessita de Luz e Calor para seu crescimento e a água, elemento vital, o protege de um endurecimento excessivo. 🍚 HISTÓRIA Originário do extremo oriente, sudoeste asiático, foi cultivado primeiramente na região do vale do Rio Yangtzé na China. Começou a alastrar para o Ocidente no século IV a.C. com os expedicionários macedônios de Alexandre o Grande, que, regressando do Oriente, trouxeram para a Grécia e a Sicília. Mais tarde, a partir do século VIII d.C., os invasores árabes trouxeram essa planta para a Andaluzia e o Sul de Portugal. A expansão europeia fez o arroz atravessar o Oceano Atlântico, com os portugueses que o trouxeram ao Brasil, os espanhóis para a América do Sul e Central e os ingleses, para os Estados Unidos. De planta asiática, na sua origem, o arroz transformou-se, assim, em patrimônio mundial, sendo cultivado em todos os continentes, com exceção da Antártica. ☀️ USO Mais da metade do mundo, hoje, tem no arroz sua base alimentar. Muitas pessoas contam com apenas uma única tigela de arroz, que é ingerido com tanta devoção, que sugere que não é apenas a substância que alimenta o ser humano. O grão de arroz é uma semente de cor clara, que contém de 7 a 8% de proteínas que, ao contrário dos outros cereais, não se localiza apenas na película, mas em todo o grão, permeando o amido oferecendo alto valor nutritivo e fácil digestão. Não tem glúten. Pela profunda ligação da Raiz com a água, através da sua ingestão, os fluidos do organismo são postos em movimento e o excesso de líquidos é eliminado. 🍃 O arroz é uma fonte de substâncias emolientes e protetoras para a pele. Seu grão micronizado produz um pó ultra fino rico em silício orgânico. Excelente absorvedor da oleosidade confere toque sedoso e seco a pele, não obstrui os poros e mantém a pele hidratada, já que retém a umidade. Com propriedades hidratantes, emolientes e reestruturantes que ajudam a melhorar o aspecto da pele, o arroz oferece antioxidantes naturais, ácido ferúlico e ésteres que abrandam o envelhecimento prematuro e danos causados pelo sol. ☀️ Da casca do arroz se produz um óleo com altos índices de compostos antioxidantes e rico em oryzanol e tocoferóis (vitamina E). Tem um alto poder de hidratação, podendo ser usado diretamente na pele, inclusive as oleosas, por ser uma substância facilmente absorvida. Serve como um renovador de células, melhora a elasticidade, aumenta a regeneração natural da pele e minimiza linhas de expressão e rugas e tem poder anti-inflamatório. REZA A LENDA Conta uma lenda que Java Shiva, Deus dos Javaneses, conhecido também em regiões da India, era chamado de Batara Guru. Batara Guru viajava pelo mundo apreciando coisas belas. Um dia resolveu criar o máximo da beleza, criou, então, uma moça linda e batizou-a de Retna Dumila que significava “joia fulgurante”. Mas aconteceu que o próprio Batara Guru se apaixonou perdidamente por Retna Dumila e queria, de qualquer jeito, fazê-la sua esposa. A linda moça, no entanto, sempre o mandava embora. Batara Guru pediu ajuda aos deuses superiores e estes ordenaram a Retna Dumila que se casasse com Batara Guru. Ela finalmente aceitou, mas impôs uma condição: Batara Guru deveria criar um alimento que pudesse se comer diariamente com prazer e sem enjoar. Batara Guru inventou os mais variados tipos de comida, mas após algum tempo todos se tornaram enjoativos. Desesperado, Batar Guru enviou um mensageiro, Kala Kumarang, a terra atrás de tal alimento. Kala Kumarang procurou em todos os cantos da terra e do mar e um dia se encontrou com Dewi Sri, a mulher do Deus Vishnu. Dewi Sri era uma mulher esplendorosa e Kala Kumarang foi tomado por uma indomável paixão. Dewi Sri para escapar das investidas de Kala Kumarang transformou-o em um porco selvagem. Batara Guru esperou em vão por seu mensageiro e acabou ficando impaciente e tentou se aproximar a força de Retna Dumila e ela, que não tolerava tal amor, preferiu a morte. Cheio de culpa, Batara Guru enterrou a amada. Após 14 dias e 14 noites , saíram do túmulo plantas iluminadas e raras que olho algum havia visto. Batara Guru anunciou que nesta planta estava a alma de sua querida. Esta planta recebeu o nome de “padi” – arroz. Batara Guru distribuiu as sementes entre os homens para que eles as plantassem e se alimentassem de seus frutos. Dewi Sri que continuou sendo perseguida pelo porco selvagem, pediu aos deuses que retirassem sua vida, os deuses atenderam seu pedido. Da mesma forma, em seu túmulo, 14 dias e 14 noites após seu sepultamento, apareceram iguais plantas. Shiva ordenou que elas fossem plantadas na beira do rio. A planta do túmulo de Retma Dumila deveria ser plantada em terra seca.. Dewi Sri é honrada como a deusa do arroz na Ásia. DESCRIÇÃO BOTÂNICA CLASSE: Liliopsida (Monocotiledônea) , como os lírios ORDEM: Poales ,como o Cipreste e as Bromélias FAMÍLIA: Gramíneas, como os Capins e o Bambu GÊNERO: Oryza , como O. barthii, O. glaberrima, O. latifolia, O. longistaminata, O.punctata, O. rufipogon CICLO: Anual DESENVOLVIMENTO: Leva de 90 a 260 dias para crescer e produz sementes 30 dias após florescer, com os grãos formando muitos flósculos (pequeninas flores) agrupados no alto de sua haste. PORTE: até 2 metros de altura Raiz: Apresenta uma raiz que se origina no primórdio do embrião (seminal), seguida por uma ou duas raízes seminais secundárias, que persistem apenas por um curto período de tempo após a germinação e são logo substituídas pelas raízes adventícias. Estas são produzidas a partir de nós inferiores dos caules jovens. São fibrosas, possuem muitas ramificações e pelos radiculares. Folha: a folha primária, difere das demais por ser cilíndrica e não apresentar lâmina. A segunda folha e as demais são dispostas de forma alternada no colmo e surgem a partir de gemas situadas nos nós. A partir do colmo principal originam-se de 8 a 14 folhas. A última folha a surgir em cada colmo denomina-se folha-bandeira, geralmente mais curva e mais larga. Caule: é composto por um colmo (caule em que nós e entrenós são bem visíveis) oco principal e um número variável de colmos primários e secundários. Entre outras características, a cor dos nós e entrenós, é importante para caracterizar a variedade do arroz Flores - Inflorescência do tipo panícula (que é um cacho de cachos), de cor verde. Localiza-se sobre o último entrenó do caule, de onde surgem as espiguetas, de 20 a 24 cm, formadas por dois pares de brácteas (folhas modificadas) ou glumas. No par superior contêm no seu interior a flor propriamente dita, composta por um pistilo e seis estames. O pistilo contém um óvulo. Frutos - ovoides simples, geralmente composto de uma única semente. Cada espigueta produz de 70 a 90 grãos. Assim, temos de 1000 a 3000 grãos por cada grão semeado REFERÊNCIAS . BURKHARD, G.K. - Novos Caminos de Alimentação - Ed Antroposofica Vol.2 . LAWS, Bill – 50 Plantas que Mudaram o Rumo da História – Rio de Janeiro - Ed Sextante 2013 Arroz: Benefícios, Origem, propriedades, história, calorias e hidratos de carbono http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000fe75wint02wx5eo07qw4xeclygdut.html em 28/03 de 2017 . http://www.ecycle.com.br/component/content/article/67/2612-oleo-vegetal-arroz-que-e-para-serve-onde-comprar-puro-uso-hidratacao-corpo-cabelo-pele-massagem-saude-beneficios-propriedades-creme-fazer-sabao-risco-contaminacao-quimica-nociva-parabenos-extracao-descarte.html em 28/03/2017 . https://www.facebook.com/EditoraAntroposofica/posts/639016209442012 Produtos Magna Mater com Arroz
- Romã
Punica granatum Origem: Originário da região da Europa e Ásia. Altura: ate 5 metros Tipo: arvoreta Uso: culinário, ornamental, medicinal A importância da romã é milenar, ela aparece nos textos bíblicos e os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo, pois acredita-se que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. HISTÓRIA Nativa da Pérsia, foi domesticada no Iran ao redor de 2.000 anos antes de Cristo. tendo sido levada para o mediterrâneo, provavelmente, pelos fenícios, onde se tornou popular e seu fruto foi descrito como possuidor de importantes propriedades medicinais. No Mediterrâneo, tornou-se, há muito, uma fruta de algum interesse. Daí foi distribuída para outros países da Ásia às Américas. Nos textos do antigo Egito encontra-se mencionada sob o nome de «schedech-it» uma espécie de limonada que se obtinha da polpa da romã, um pouco ácida e refrescante. No Pentateuco com frequência é relatado como os hebreus, durante a sua peregrinação pelo deserto, dirigidos por Moisés, sentiram falta das romãs e das uvas do Egito. No templo de Salomão a romã foi usada como motivo decorativo. Já Hipócrates (460-377 A.C) empregava o suco das romãs como estomacal nos enfermos e febricitantes. Também é antigo o uso dietético e terapêutico da romã. 0 cultivo da romã deve ter sido introduzido na Península ibérica pelos árabes, em 711. A cidade de Granada, fundada pelos mouros no século X, tirou o nome precisamente da romã (em espanhol «granada»), que também faz parte do seu brasão de armas. Do inglês, o termo “pomegranate”, deriva do latim, sendo constituído de dois termos: “pomum” que significa maçã e “granatus”, com sementes. Do hebraico, a palavra “rimon” (romã), significa “sino”. Em Roma, a fruta era chamada de “mala granata” ou “mala romana”, que significavam, respectivamente, “fruto de grãos” ou “fruto romano”. Do espanhol, a palavra “granada” significa romã. Chegou ao Brasil com os portugueses. Segundo o sociólogo Carlos Alberto Dória, 48, estudioso da cultura da alimentação, para os povos antigos, como os gregos, os romanos e os persas, havia a concepção de que a romã era a ponte entre a mortalidade e a imortalidade. "O homem apaixonado que comia a romã se tornaria imortal. Já um deus que a consumia se transformaria em um mortal", diz. USO É uma das espécies cultivadas desde os mais antigos tempos e empregadas em usos domésticos. De longa data se conhece a atividade das cascas do caule e da raiz desta planta contra vermes chatos, diarreia crônica e disenteria amebiana. O fruto pode ser consumido ao natural, ou como sucos, geleias ou vinho chamado grenadine. Também pode ser usado como tinturas mães, extratos secos ou pó da planta. A romã é um fruto rico em flavonóides, sendo por isso um excelente antioxidante. É pouco calórico e rica em fósforo, potássio e fibras. Ela é rica em ácidos fenólicos e também em flavonóides, que dão uma cor avermelhada ao suco. É um dos alimentos mais ricos em manganês, e em vitamina B2 (riboflavina). O suco, a polpa e a casca da romã são portadoras de propriedades que podem promover a redução do colesterol, retardam o envelhecimento. Possui propriedades antioxidantes, hipoglicemiante, redutora de colesterol, atividade antivirótica, anti-helmíntica, antifúngica, antibacteriana, preventiva de câncer, reparação de feridas e com atividade estrogênica. É rica em taninos, tendo um papel importante como cicatrizante. O chá das folhas é usado nas irritações dos olhos. Possui atividade microbiana, anti-inflamatória e tem ação antiviral. É indicada para gargarejos em casos de amigdalites bacterianas, faringites virais e inflamação das gengivas. Estudos recentes indicam o uso da casca do fruto para tratamento de inflamações na boca e na garganta, e do líquido envolto nas sementes contra catarata. Externamente na forma de bochechos e gargarejos é usada contra gengivites e faringites e, em banhos contra afecções vaginais e leucorréias. Como a casca contém 30% de tanino, pode ser usada para curtir couro. Tem propriedades terapêuticas e é usada na medicina popular. Sua popularidade no paisagismo tem aumentado muito nos últimos tempos. A utilização da romãzeira é usual em jardins de estilo mediterrâneo e é crescente seu cultivo em vasos, adaptando-se aos jardins em varandas e pequenos espaços. A variedade “Nana” (Mini-romazeira) é a mais apropriada para esta utilização. REZA A LENDA Na mitologia grega a romã aparece relacionada a história de Perséfone que após ser raptada pelo seu tio Hades, o deus do submundo, ela recusou qualquer alimento enquanto esteve no reino dos mortos. Isso porque a lei dos infernos admitia o jejum e quem sucumbisse à fome não retornaria ao mundo dos imortais. Entretanto, ao saber de sua libertação, acaba comendo três sementes de romã, associada nesse caso, ao pecado. Esse fato foi essencial para garantir seu retorno ao inferno e ao amante, por três meses a cada ano, os quais simbolizam a estação do inverno. Na Roma Antiga, jovens recém-casados usavam coroas de ramos de romãzeira. Na Ásia, a romã está associada aos órgãos genitais femininos, e por isso, é o símbolo de desejo e da sexualidade feminina. Na Índia as mulheres tomavam o suco de romã a fim de assegurar a fertilidade e combater a esterilidade. Dizem que cada romã possui 613 sementes e este número seria igual aos 613 mandamentos ou provérbios judaicos (Mitzvots) que existem na Tora. CARACTERÍSTICAS Reino: Plantae Filo: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Myrtales Familia: Lythraceae Genero: Punica Especie: P. granatum Arbusto ramoso ou arvoreta que atinge de 2 a 5 m, de tronco acinzentado e ramos avermelhadas quando novos. A romãzeira se adapta desde os climas tropicais e subtropicais aos temperados e mediterrânicos. As folhas são simples, cartáceas, dispostas em grupos de 2 ou 3, de 4 a 8 cm de comprimeto. As flores da romazeira são vermelho-alaranjadas e simples, ocorrendo variedades de flores dobradas como a “Legrellei”, constituídas de corola e um cálice esverdeado, duro e coriáceo. Os frutos são esféricos, com casca coriácea e grossa, amarela ou avermelhada manchada de escuro. O seu interior é composto de muitas sementes, cobertas por um tegumento espesso, polposo de cor rósea ou avermelhado, de sabor ácido e doce. É esta polpa que envolve as sementes a parte comestível do fruto. esverdeado, duro e coriáceo. Frutos do tipo baga, globóides, medindo até 12 cm, com numerosas sementes envolvidas por um arilo róseo, cheio de um líquido adocicado. REFÊRENCIAS https://www.dicionariodesimbolos.com.br/roma/ https://www1.folha.uol.com.br/fsp/agrofolh/fa29129803.htm https://www.jardineiro.net/plantas/romazeira-punica-granatum.html Voltar para o HERBÁRIO
- Calêndula
Calendula officinalis Família: Asteraceae. Origem: Europa Meridional Tipo: Herbácea Altura: 30 a 60 cm Uso: Terapêutico, medicinal, cosmético e culinário Calendula officinalis, popularmente conhecida como calêndula, é uma planta perene herbácea que cresce em quase todas as partes do mundo. Na natureza, esta planta cresce em solos argilosos e arenosos. Na parte norte da Índia cresce como uma erva daninha. HISTÓRIA Várias origens são mencionadas para a calêndula, como Egito, Europa central, leste e sul, Ilhas Canárias e Região Mediterrânea. Atualmente, é considerada planta cosmopolita cultivada em várias partes do mundo, tendo sido trazida e disseminada ao Brasil nos meados do século XVIII. É uma das primeiras flores cultivadas conhecidas. Em países europeus é cultivada desde o século 12. Na Grécia antiga suas pétalas foram utilizadas principalmente para fins de decoração. Os Árabes e Indianos, já conheciam as atividades corantes e medicinais da calêndula desde a antiguidade, sendo posteriormente cultivada pelos Gregos, que a utilizavam em seus festejos e até faziam grinaldas para seus heróis, assim como fazem na Índia até os dias de hoje, para coroar suas divindades. Em latim – kalendulae- representa o primeiro dia do calendário romano. Os romanos a denominavam de "solsequium", que significa seguidora do sol, pois além da intensa coloração amarela, ela costuma abrir suas flores com a presença do sol e fechar no entardecer. Suas pétalas secas foram utilizadas para substituir o açafrão como condimento. Foi muito utilizada durante as guerras (civil norte americana e primeira mundial) como anti-inflamatória e antisséptica em feridas. USO A calêndula é uma das plantas mais versáteis e popular pelos seus usos terapêuticos e cosméticos. Possui efeito cicatrizante e ação antisséptica sendo indicada para inflamações, acnes, bolhas e queimaduras solares É também muito aplicada em problemas digestivos, como disbiose intestinal e gastrite. As flores contém óleo volátil e um composto amargo que tem propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e efeito calmante. São usadas em forma de cataplasma ou em cremes para curar feridas e picadas de inseto. O Extrato Glicólico ou óleo pode ser incorporado em cosméticos como shampoos, cremes, sabonetes, loções e óvulos. Na pele, a calêndula é usada como hidratante e nutritiva por ser ricas em flavonoides e carotenoides, além de proteínas e vitamina C. O banho local é usado para tratar hemorroidas. Nos cabelos, é indicada para a manutenção da saúde dos fios e da coloração loura, dada por seus pigmentos também usados no tingimento de tecidos e fios naturais. As pétalas de flores e folhas desta planta são comestíveis. Um corante amarelo é produzido a partir de pétalas e pode ser usado como um substituto do açafrão. As pétalas são adicionadas em sopas, arroz, cremes, sobremesas lácteas, omeletes e biscoitos para aromatizar e colorir. Também são adicionadas em saladas como enfeite. REZA A LENDA Lindas referencias são relacionadas com a Calêndula Popularmente é conhecida como a Erva do Perdão, é citada como ótima para pessoas rancorosas, que têm dificuldade de perdoar, que estão sempre acumulando mágoas, que se acham injustiçadas ou tratadas com pouco caso por todos; para quem tem constante mau humor, e vê a vida de forma linear, sem criatividade para sair dos problemas, também para quem quer esquecer traumas ou lembranças infantis que incomodam cuja raiva explosiva que age como um corrosivo, provoca lesões no corpo físico, etérico, mental e emocional. Resgata o amor da luz solar – arquétipo paterno – reencaminhando a energia destrutiva para retecer e recriar o que o indivíduo destrói. Os antigos egípcios acreditavam que possuía propriedades de rejuvenescimento. Os hindus utilizavam-na para decorar altares. Uma das lendas que a envolvem diz que a menina que pisar descalça em suas pétalas, começará a entender a linguagem dos pássaros. Seus poderes também são invocados em sonhos premonitórios. Uma guirlanda de calêndulas na porta de entrada da casa espanta qualquer mal. Outra crença popular sobre a calêndula é de que se não abrirem suas flores até 7 horas, pode aguardar chuva. Os feiticeiros espanhóis aconselhavam usar um talismã de calêndula colhida quando o sol estivesse entrando no signo de virgem, embrulhadas junto com um dente de lobo e folhas de louro para proteger de todos os perigos. Na idade média os curandeiros aconselhavam as mulheres noivas, a cozinhar uma poção de calêndula, misturando mel e vinho branco, esfregavam o corpo com esta mistura acreditando que os futuros maridos lhes apareceriam em sonhos. CARACTERÍSTICAS Nome botanico: Calendula officinalis Nomes Populares: Calêndula, Malmequer, Maravilha-do-jardim Classe: EUASTERÍDEAS II Ordem: Asterales como as Gerberas Família: Asteraceae como o Dente de Leão. Subfamília ASTEROIDEAE Tribo CALENDULEAE Gênero Calendula Espécie : C officinalis Ciclo de Vida: Anual Raízes: fasciculadas, ligeiramente amareladas e cilíndricas Caule: anguloso, curto e sólido, ereto ou prostrado, pubescente; Folhas: ligeiramente denteadas, alternas, lanceoladas, com pelos glandulares em ambas as faces; as inferiores são espatuladas, obtusas ou agudas no ápice, com 10-20 cm de comprimento e 1-4 cm de largura; as superiores são oblongas a lanceoladas e mucronadas no ápice, com 4-7 cm de comprimento; brácteas involucrais com 7-15 cm de comprimento, revestidas de longos pelos glandulares; Inflorescências: capítulos no ápice dos caules, de 3-7 cm de diâmetro, com flores de cores heterogêneas, podendo variar do amarelo ao alaranjado; as flores centrais são tubuladas e estéreis, já as periféricas são liguladas e férteis; apresentam frutos secos tipo aquênio, estreitamente oblongos e curvos REFERÊNCIAS http://www.cotianet.com.br/eco/herb/calend.html https://revistas.ufpr.br/academica/article/viewFile/30013/19400 http://findmeacure.com/2006/10/14/calendula/ https://www.greenme.com.br/usos-beneficios/3722-calendula-propriedades-usos https://www.jardineiro.net/plantas/calendula-calendula-officinalis.html https://www.portalsaofrancisco.com.br/bem-estar/calendula http://despertarfeminino.com.br/principal/index.php/2017/02/02/menina-do-dedo-verde-calendula/ http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/sec_saude/fitoterapia/publicacoes/calendula2.pdf BORNHAUSEN L. Rosy. As Ervas do Sitio.7ª edição. São Paulo, BEI comunicação 1998. TESKE Magrid; TRENTINI AnnyMargaly M. Herbarium: Compêndio de Fitoterapia. 3ª Edição. Curitiba: Herbarium 1995. m 1995.
- Carqueja
Baccharis trimera Região Nativa: América do Sul Altura: até 1,2 metros Tipo: subarbusto Uso: Medicinal, culinário, terapêutico. CARQUEJA O gênero Baccharis, incluído na tribo Astereae da família Asteraceae, é constituído por cerca de 500 espécies. Uma das mais importantes é Baccharis trimera, também denominada Baccharis genistelloides, com grande utilização na medicina tradicional e na produção de fitoterápicos. HISTÓRIA Originária da América do Sul, Andes Peruanos , ocorre espontaneamente em quase todo o país, crescendo abundantemente em quase todos os tipos de solos. Como planta de clima tropical e subtropical desenvolve em terrenos úmidos expostos ao sol, mas de natureza muito resistente, adapta-se facilmente a terrenos agrestes, áridos e pedregosos. Reproduz por sementes ou estacas. A origem do nome Baccharis vem do grego ‘Bakkharis’ antigo nome para algumas plantas arbustivas. Trimera vem do grego trimeres que quer dizer trímero, por causa dos ramos divididos em três. Esta planta é amplamente utilizada no Brasil na medicina caseira, hábito este herdado de nossos indígenas que há séculos já faziam uso da mesma para o tratamento de várias doenças. A carqueja é muito rústica e de fácil cultivo, além de interessante no paisagismo pelo seu aspecto particular. Pode ser plantada em vasos e jardineiras, assim como em canteiros adubados, onde forma pequenas moitas arredondadas e compactas. USO A carqueja é uma planta medicinal muito conhecida e utilizada no Brasil. Normalmente se utiliza toda a planta ou as folhas e flores. Exerce ação benéfica sobre o fígado, pois é rico em flavonoides, em especial a hispidulina, que possui ação hepatoprotetora e antioxidante. Tem ainda presença de óleos essenciais, lacnonas diterpênicas, saponina, polifenóis entre outros componentes Auxilia no bom funcionamento dos intestinos e combate diarreias e verminoses. É usada no tratamento de doenças digestivas em geral como gastrite e má digestão. Além disso, a carqueja exerce ação diurética e depurativa, purificando e eliminando toxinas, utilizada em distúrbios dos rins e bexiga e no combate à gota e ao reumatismo. Possui ação hipoglicemiante e tônica. Sendo usada no controle da diabetes e em dietas para emagrecimento. Também foi evidenciada atividade antimicrobiana, inseticida. Tem ação antiparasitária contra o Shistosoma mansoni e seu hospedeiro Biomphalaria glabrata responsáveis pela esquistossomose além de inibir o crescimento do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença de Chagas Nas anginas e inflamações da garganta pode-se fazer gargarejos com chá de carqueja, obtendo-se bons resultados no alívio da dor. Aconselhado contra fraqueza orgânica e má disposição, falta de capacidade física e raciocínio lento, sendo também utilizado como coadjuvante nos quadros de epilepsia Considerada um revigorante das funções genitais além de aliviar os fogachos da menopausa, se tomado após as refeições. Deve ser evitado na gravidez e lactação e usado com atenção quando em associação a hipotensores. Na pele e anexos, age como tônico para o couro cabeludo, auxiliar no tratamento de dermatite seborreica (caspa). Auxiliar nos tratamentos de psoríase, como cicatrizante em úlceras cutâneas e no vitiligo, em função de sua ação inibidora da tirosinase, que atua na produção de melanina.. Uso culinário: Usado como substituto do lúpulo na cervejaria caseira, serve também para aromatizar licores e refrigerantes. Ótima para água do chimarrão. REZA A LENDA Seu uso mágico está relacionado aos orixás Oxossi e Oxoguiã (Oxalá jovem), de natureza masculina e pertencendo ao elemento ar. Considerada planta de grande poder, suas raras folhas são utilizadas em banhos, especialmente para melhorar a sorte. Na medicina popular é indicado para os ansiosos, apreensivos e temerosos, combatendo a superproteção, a preocupação excessiva e a opressão. Na Argentina, a população rural, lhe atribui o poder de combater a impotência masculina e a esterilidade feminina. Outra crença diz que a infusão dessa planta faz as cabras conceberem mais rapidamente. CARACTERÍSTICAS Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida como o gerânio Ordem: Asterales como a Lobelia Família: Asteraceae como o Milfolhas Gênero: Baccharis Espécie: B. trimera Sub arbusto ereto, perene ramificado, de altura variável, podendo atingir até 120 cm de altura; ramos sem folhas, trialados, com alas membranáceas ou coriáceas, interrompidas alternadamente e de coloração verde clara; folhas bastante reduzidas e ovais; Inflorescências do tipo capitular, com flores masculinas e femininas, amarelas e organizadas em capítulos terminais; fruto do tipo aquênio, linear e glabro e com papilho. REFERÊNCIAS http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722013000200017 https://www.tudosobreplantas.com.br/asp/plantas/ficha.asp?id_planta=51 https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/carqueja https://www.achetudoeregiao.com.br/animais/carqueja.htm https://jb.utad.pt/ordem/Asterales Monografias impressas pelo Núcleo Espírita Labor, Fé e Amor - Araxá, MG -
- Cacau
Theobroma cacao “Houve tempo de dedos corroídos, Duro clamor nos dias mais sofridos, Cobra no inverno, bala no verão, De cacau era a flor no coração.” Cyro de Mattos Origem: América Central e do Sul Altura: até 8 metros Tipo: árvore Uso: culinário, cosmético. O cacaueiro é uma árvore cujo as amêndoas do fruto dão origem a uma série de matérias primas, entre elas o cacau sólido (matéria não-gordurosa que é moída em um finíssimo pó), a manteiga de cacau (componente gorduroso extraído das amêndoas) além de outros extratos obtidos através de processos variados. O chocolate, que é a primeira imagem que nos alcança quando pensamos nesta planta, é uma combinação do cacau sólido, da manteiga e associações como leite e açúcar em proporções variadas, além de outros ingredientes, cada vez mais diversos e criativos. HISTÓRIA O cacau foi citado pela primeira vez em literatura botânica no início do século XVII como Cacao fructus por Charles de L’ecluse . Em 1737 foi introduzido o binômio Theobroma cacao L. A palavra Theobroma significa alimento dos deuses e é inspirada na crença mesoamericana da origem divina do cacaueiro. O termo cacau deriva da palavra cacahualt (idioma nahuatl) falada pela civilização maia. Nos tempos dos astecas a semente já era consumida depois de ser torrada e moída. Com ela se faziam pratos com legumes e também uma bebida amarga usada em rituais para brindar a Quetzalcóatl, o deus-serpente emplumado. À bebida davam o nome de xocatl. Acredita-se que as amêndoas também tinham uso comercial e eram usadas como moeda. O contato inicial dos europeus com o cacau foi em 1502, quando um dos navios da quarta expedição de Colombo às Américas encontrou, na costa norte da atual Honduras, uma canoa nativa contendo amêndoas de cacau para comércio. No começo os espanhóis não sabiam como usar as sementes e produziam um prato gorduroso e amargo. Até que alguém teve a ideia de misturar com o açúcar das Índias e teve um resultado incrível! No final do século XVI, a bebida de cacau adoçada já era um sucesso para quem pudesse pagar por ela! As primeiras casas de chocolate europeias serviam uma bebida espessa, quente e doce. Até que Casparus van Houten, um holandês, descobriu um novo método de processar as sementes misturadas ao leite. Van Houten descobriu um método de reduzir a gordura para produzir uma massa de cacau que podia então ser pulverizado. Em 1838 a patente de Van Houtem expirou e novos fabricantes entraram em cena, tornando o chocolate mais popular. No Brasil a referência mais antiga sobre o cultivo de cacau na Bahia data de 1655, quando o vice-rei D. Vasco de Mascarenhas confessou-se, em carta enviada ao capitão-mor do Grão Pará, seu apreço pelo chocolate e julgou útil ao Brasil a intensificação do seu plantio, principalmente na Bahia, pelo clima semelhante ao amazônico. Em 1746, Antonio Dias Ribeiro, da Bahia, recebeu algumas sementes e introduziu o cultivo na Bahia. O primeiro plantio foi feito na fazenda Cubículo, às margens do rio Pardo, no atual Município de Canavieiras. Em 1752 foram feitos plantios no Município de Ilhéus. A partir da década de 1770 a coroa portuguesa passou a incentivar o plantio de novas lavouras de exportação para diminuir a dependência do comércio do açúcar. Teve início o plantio de lavouras alternativas como café, cacau e algodão. O plantio tradicional do cacau no sul da Bahia seguiu o sistema de “mata cabrucada”. O sistema cabruca é caracterizado pelo plantio do cacau sob a sombra das árvores da Mata Atlântica e é utilizado na região cacaueira do sul da Bahia por mais de duzentos anos. Ele é responsável pela conservação da biodiversidade, dos solos e das águas e da produção florestal e de sementes, óleos, resinas, flores e outros produtos não madeireiros. Nas primeiras décadas do século XX o cacau era o mais importante produto de exportação da Bahia e vários fazendeiros de origem humilde, proprietários de vastas plantações de cacau e de importantes casas comerciais, tornaram-se os novos ricos da sociedade baiana. Em 1990 a produção sul baiana sofreu com a “vassoura de bruxa” que, aliada aos preços declinantes do produto no mercado internacional, gerou uma forte crise no setor. Após a crise econômica, o cacau tipo 1 Bahia deixou de ser negociado em bolsas de valores. Hoje o Brasil é o quinto maior produtor de cacau do mundo e o Pará é o maior produtor nacional. USO Os índios Kuna, da costa do Panamá, utilizavam o cacau para se protegerem contra a elevação da pressão arterial. Possui efeito estimulante devido a presença de teobromina e cafeína. É rico em carboidratos e proteínas, além de alto valor energético. Externamente auxilia na regulação da permeabilidade capilar melhorando a circulação sanguínea. Sendo indicado para tratamento de celulite, olheiras e problemas circulatórios em geral. Tanto o cacau sólido quanto a manteiga e até mesmo o chocolate (em concentrações a partir de 70% de cacau sólido) são riquíssimas fontes de antioxidantes. Compostos bioativos importantes encontrados nas matérias primas extraídas do cacau incluem flavonóides, procianidinas e epicatequina. Embora estas moléculas não sejam exclusivas do cacau, o extrato de cacau contém um nível particularmente elevado destes compostos em comparação com outros produtos vegetais. Estudos demonstram que o consumo de cacau (em concentrações a partir de 70%) está ligado a um melhor fluxo sanguíneo e melhora da sensibilidade à insulina dentre outros inúmeros benefícios. No que tange os cuidados com a pele e os cabelos, a alta concentração de antioxidantes da manteiga de cacau, incluindo ácido oleico, ácido palmítico e ácido esteárico trazem inúmeros benefícios, sendo altamente nutritivo, fornecendo uma camada de proteção contra estressores e radicais livres, o que combate o envelhecimento precoce da pele e das cutículas capilares por agressões ambientai. No couro cabeludo melhora a circulação e oxigenação dos folículos pilosos proporcionando força e resistência aos fios. REZA A LENDA…. Havia um grande deus onipotente chamado Sibu, que tinha poderes para criar homens e animais a partir de sementes. Sibu transferiu seus poderes para outro deus, Sura, lhe entregando suas preciosas sementes. Sura precisou sair e enterrou as sementes para guardá-las. Mas Jabaru, uma outra divindade, viu tudo e desenterrou as sementes e as comeu. Quando Sura voltou, Jabaru cortou sua garganta e enterrou seu corpo no local onde desenterrou as sementes. Jaburu ficou satisfeito com seus atos e voltou para sua casa onde ele descansou com sua esposa. Depois de um tempo, Jaburu voltou ao túmulo onde havia enterrado Sura e descobriu que no lugar onde estava o corpo haviam crescido duas estranhas árvores.Uma era um cacaueiro e a outra um pé de cabaça. Ao lado das árvores, quieto, estava o deus onipotente Sibu. Ele então ordenou que Jaburu preparasse uma bebida a partir das sementes do cacaueiro. Jaburu apanhou uma fruta repleta de amêndoas e uma cabaça e levou tudo à sua esposa que preparou a bebida e serviu na cabaça. O maldoso Jabaru levou a bebida até Sibu que ordenou que ele bebesse primeiro e assim Jabaru fez. Era uma bebida muito gostosa e então ele foi rápido bebe-la. Mas o prazer da bebida se transformou em agonia. O cacau nascido do corpo de Sura fez a barriga de Jabaru inchar, inchar, até estourar, deixando cair pelo chão todas as sementes que ele havia roubado e comido. Sibu devolveu a vida a seu amigo Sura e lhe entregou novamente as sementes, assegurando que todos os humanos e animais possam nascer e crescer, para desfrutar toda a generosidade da Terra. Obs: Apesar de ser uma lenda, percebemos a relação da lenda com as questões ambientais. O próprio desejo de consumir cacau e chocolate é como se fosse um mito que se perpetua ao longo do tempo. A lenda projeta a cacauicultura como uma alternativa dos deuses para produzir um excelente alimento sem agredir a natureza, através da mata cabrucada. CURIOSIDADE O chocolate branco, na verdade, não é chocolate… Ele possui manteiga de cacau em sua composição, mas basicamente é feito de gordura, leite e açúcar, que aliás é seu principal componente. Por não conter a parte sólida do cacau ele não é considerado chocolate. DICA Para ouvir com as crianças enquanto fazemos essas deliciosas receitinhas com elas! https://leiturinha.com.br/blog/receitas-de-doces-com-chocolate/ https://www.letras.mus.br/bia-bedran/512258/ CARACTERÍSTICAS Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Malvales Família: Malva O cacaueiro é uma planta que pode atingir de 5 a 8 m de altura e de 4 a 6 m de diâmetro de copa, quando proveniente de semente,, mas pode alcançar até 20 m em condição de extrativismo, devido à competição por luz com outras espécies da floresta. Raiz - O sistema radicular possui uma raiz pivotante (principal e vertical), que tem comprimento e forma variando de acordo com a estrutura, textura e consistência do solo. Caule - ereto, vigoroso e é de onde saem ramos e flores. Nos primeiros anos, o cacaueiro apresenta a casca do caule lisa; mais tarde, em decorrência do permanente desenvolvimento das almofadas florais, torna-se áspera e rugosa. Folhas - oblongas (forma oval), acuminadas (terminadas em ponta) e glabras (desprovidas de pelos), com nervura central proeminente. Quando novas, apresentam uma variação de tonalidades do violeta ao verde. Com o amadurecimento, atingem o verde-escuro e, a partir desse ponto, perdem a pigmentação, secam e caem. Flores - O cacaueiro é uma planta cauliflora, ou seja, as flores surgem em almofadas florais no tronco ou nos ramos lenhosos, em uma gema desenvolvida no lugar da axila de uma antiga folha. Fruto - alongado e sulcado, sustentado por um pedúnculo lenhoso, e apresenta uma casca (conhecida como pericarpo carnoso) composta de três partes: Epicarpo - é a parte externa fina e com pigmentação que varia do verde ao roxo e do amarelo ao laranja, à medida que amadurece e dependendo da variedade; Mesocarpo - é a parte mediana, espessa; Endocarpo - é a fina camada interna que protege as amêndoas. REFERÊNCIAS https://www.planetacacau.com.br/posts/mitos-e-lendas-do-cacau/ em 23/03/2021 https://forumdocacau.com.br/a-historia-do-cacau/ em 22/03/2021 https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/cacau em 22/03/2021 https://www.mapric.com.br/pdf/Boletim781_07082014-11h31.pdf em 23/03/2021 https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/215-CACAU.pdf em 23/03/2021 http://cheirinhodepao.com.br/blog/10-curiosidades-sobre-o-cacau/ em 23/03/2021 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cacau em 23/03/2021 http://www.uesc.br/editora/livrosdigitais2016/cancioneiro_do_cacau.pdf em 25/03/2021 Leung AY, Foster S. Encyclopedia of Common Natural Ingredients Used in Food, Drugs, and Cosmetics. 2ª ed. Nova York: John Wiley and Sons, 1980.
- Buriti
Nome popular: carandá-guaçu; coqueiro-buriti; palmeira-do-brejo; miriti Nome científico: Mauritia flexuosa L Família botânica: Palmae Origem: Brasil – Regiões brejosas de várias formações vegetais. Tipo: Palmeira Uso: comercial, artesanato, culinário, terapêutico, cosmético A mais alta das palmeiras nativas do Brasil, o buriti vive isoladamente ou em comunidades, que exigem abundante suprimento de água no solo. Conhecido também como carandá-guaçu, pissandó e outros nomes, o buriti pertence à família das palmáceas. HISTÓRIA A importância do buriti transcende a sua utilidade econômica, tornando-se uma das plantas mais estimadas pelas populações de muitas regiões do país. Ocorre numa extensa área que cobre praticamente todo o Brasil central e o sul da planície amazônica. O estipe ou caule pode alcançar cinquenta metros de altura, com cinquenta centímetros de diâmetro na base. Existem buritis machos e fêmeas. Os primeiros produzem cachos que apenas resultam em flores; já no caso das fêmeas, as flores se transformam em frutos. Ainda assim, é preciso aguardar aproximadamente um ano para que os frutos estejam maduros e aptos para a colheita, o que acontece entre os meses de dezembro e fevereiro. Ocorre exclusivamente em áreas alagadas ou brejosas, como em beira de rios, igapós, lagos e igarapés, onde é geralmente encontrado em grandes concentrações na forma de populações homogêneas, formando os chamados “buritizais”. Geralmente parte do tronco fica imerso na água por longos períodos, sem que isso lhe cause danos. É até possível encontrá-lo em solo seco, contudo, em alguma época este local foi muito úmido ou encharcado. Para cultiva-lo em terreno seco deve receber muita água na sua fase juvenil. O buriti é uma espécie abundante no Cerrado e um indicativo infalível da existência de água na região. Como o Cerrado é rico em água, lá estão os buritis, emoldurando as veredas, riachos e cachoeiras, inseridos nos brejos e nascentes. A relação com a água não é à toa, ao caírem nos riachos, os frutos de seus generosos cachos são transportados pela água, ajudando a dispersar a espécie em toda a região. Os frutos também servem de alimento para cutias, capivaras, antas e araras, que colaboram para disseminar as sementes. Expressa bem como na natureza, tudo funciona na base da cooperação mútua. Na língua indígena Buriti significa “a árvore que emite líquidos” ou “a árvore da vida”. Considerada sagrada pelos índios por dela se fazer tudo o que é necessário para a sobrevivência, a casa, os objetos e a alimentação. A árvore é uma das palmeiras mais ornamentais e elegantes de nossa flora, contudo, totalmente ignorada por nossos paisagistas. O único que ousou usa-la pela primeira fez foi o famoso paisagista Roberto Burle Marx nos jardins do Palácio Itamarati em Brasília. Os buritis também embelezam a paisagem do Cerrado e são fonte de contemplação, inspiração para a literatura, a poesia, a música e as artes visuais. Na relva densa e rica das veredas, circundadas em geral por campos limpos, destaca-se majestosamente o buriti: palmeira de estipe elegante e ereto, encimado por folhas enormes e brilhantes. Suas folhagens, abertas em forma de estrela, formam uma copa arredondada, uniforme e linda, vista de baixo sob o céu azul e limpo. Vistas ao longe, essas matas onde se destacam os buritis, são indício seguro de que por ali existe um curso d’água, descanso e alimento para o sertanejo e para o caboclo: terrenos de várzea e brejos, de solo fofo e úmido, recobertos por extensos buritizais escondem, por entre seus meandros, as águas correntes. Por onde passam, são as águas que carregam e espalham as sementes da palmeira buriti. Do buriti – “verde que afina e esveste, belimbeleza”, como diz o Riobaldo de Guimarães Rosa – já foi dito, e muitas vezes reafirmado, desde que aqui chegaram os primeiros europeus com seus viajantes e naturalistas, que se trata da mais bela palmeira existente. Mais do que isso, nas regiões onde ocorre, o buriti é a planta mais importante entre todas as outras, de onde o homem local, herdeiro da sabedoria dos indígenas nativos, aprendeu a retirar parte essencial de seu sustento. USO Sua madeira é empregada para construções rurais e em beira de rios. A polpa do fruto fornece óleo comestível e é consumida pelas populações locais, geralmente na forma de doces. A árvore é muito ornamental, podendo ser usada com sucesso na arborização de ruas e parques. Esta palmeira é uma das mais importantes e talvez aquela que desde o tempo pré-histórico os índios vêm tirando maior proveito, sendo que ainda hoje as tribos dispersas na Amazônia saúdam alegremente a aparição dos frutos maduros, realizando nessa época, sempre ansiosamente esperada, as suas melhores festas e celebrando simultaneamente os casamentos ajustados. As fibras originadas das folhas jovens, ainda fechadas, são bastante resistentes e utilizadas principalmente para a confecção de redes e cordas (Sampaio et al., 2008), sendo que as fibras menos resistentes são empregadas para a confecção de várias peças artesanais, como bolsas, sacolas, cestos, chapéus, sandálias, esteiras, vassouras, jogos americanos, porta-talheres, entre outros. A polpa dos frutos é utilizada para fazer doces e sorvetes, além de ajudar na recuperação da pele queimada ou machucada. As sementes são utilizadas para fazer colares e outras ecojóias. As folhas trançadas cobrem as casas e até do caule se extrai um líquido que substitui o açúcar. O buriti é a maior fonte natural conhecida de carotenóides (pró-Vitamina A), já muito conhecidos por suas propriedades protetoras para a pele. Estudos adicionais demonstram que o óleo também é muito útil para o cuidado dos cabelos, especialmente os danificados. O uso do óleo em condicionadores pode ajudar a recuperar a força e maleabilidade dos fios. Entre os sucessos já lançados, destacam-se os produtos solares, pré e pós-solares e maquilagens. Japão, França e Estados Unidos parecem especialmente atraídos pela sua cor vermelha intensa. O óleo de buriti pode ser extraído de duas maneiras: a partir da semente ou por meio da polpa do fruto, via prensagem a frio.É rico em ácido oleico (presente em maior proporção), ácido palmítico, ácido linoleico e ácido linolênico. É considerado uma fonte natural de betacaroteno (vitamina A) e de tocoferóis (vitamina E), que são poderosos antioxidantes. Possui alta estabilidade oxidativa, pois é rico em betacaroteno, que possui grande capacidade de renovação celular e que também funciona como um excelente esfoliante natural. A vitamina A combate radicais livres responsáveis pelo envelhecimento precoce. Essas substâncias se ligam ao colágeno da pele, resultando na melhora da elasticidade e na redução do envelhecimento. Ele aumenta a elasticidade e diminui o ressecamento da pele exposta à radiação solar. Pode ser aplicado diretamente em queimaduras, por promover alívio imediato na região e por auxiliar na cicatrização. Quando aplicado na pele do rosto ou do corpo, além de ajudar contra o envelhecimento e proteger dos raios solares como um protetor solar natural, o óleo de buriti deixa a pele com uma aparência luminosa, macia e de vitalidade. Por ser cicatrizante e antioxidante, pode ser aplicado em peles com acnes, ajudando na cicatrização de espinhas. É facilmente absorvido sem deixá-la com aspecto oleoso. Nos cabelos, esse maravilhoso óleo é usado como fortalecedor capilar, além de prolongar a duração da cor em cabelos tingidos devido à sua forte coloração. Emoliente, o óleo auxilia na hidratação dos fios, restaura cabelos danificados, elimina pontas duplas, controla o frizz e promove o brilho. O óleo extraído da fruta tem valor medicinal para os povos tradicionais do Cerrado que o utilizam como vermífugo, cicatrizante e energético natural, também é utilizado para amaciar e envernizar couro. A incisão da inflorescência, antes de desabrocharem as flores, fornece um líquido adocicado que, se fermentado, se transforma no “vinho de buriti”, podendo este ser preparado também do mesocarpo do fruto, de onde se fabrica o famoso doce de buriti. A medula do tronco fornece uma fécula semelhante ao sagu. Fruta riquíssima em vitamina A. Além de bastante calórica, possui altas concentrações de fibras, que auxiliam na digestão, além de cálcio e ferro.A polpa de buriti apresenta predominância dos minerais K, Ca, Na, Mg, Fe, Mn, Zn, Cu, Se, Cr, I e pode ser considerada um alimento funcional. Na região dos Lençóis Maranhenses, artesãos tem fabricado alguns modelos de sacolas retornáveis, conhecidas como sacola maré e sacolão batido, consideradas alternativas interessantes e não descartáveis, que podem ser empregadas para redução do consumo de sacolas descartáveis nos supermercados. Tais produtos são bonitos, resistentes, biodegradáveis e ecologicamente corretos. REZA A LENDA “A história nos conta que, antigamente, nossa região era habitada por inúmeras tribos indígenas. Estas eram atraídas pela abundante fauna e flora do lugar, além de muitos rios e riachos. Dentre todas as tribos, a mais respeitada era a do Cacique Airuanã, sua aldeia pertencia à nação Tapuia e se localizava nas margens férteis do caudaloso Riacho Muriti, como na época era chamado. Ali, nossos primeiros habitantes encontraram um local adequado para viver. O cotidiano dos nativos era repleto de alegria, nadavam, pescavam, caçavam, plantavam e se reuniam no terreiro para disputas e comemorações. Todas as noites de lua, diante de uma grande fogueira, juntavam-se para contar estórias. Destas as que mais despertavam o interesse eram narrativas que explicavam o surgimento das coisas, queriam saber e entender de que maneira tudo aquilo que os cercavam passou a existir. Numa dessas encantadas noites, a filha mais moça do cacique, a linda Araci, indagando ao velho Airuanã, quis saber como havia nascido a primeira das inúmeras palmeiras que tanta fartura lhes oferecia. O pai atencioso, sentado no tronco de um Angico Branco, foi logo explicando: – Tupã, o nosso criador, tinha nas mãos uma linda semente e olhando para o nosso lugar disse: “Vou dar de presente para aquela nação esta semente”, e nos abençoou com a palmeira muriti. Mas um certo espírito do mau, de nome Mauarí , passou ali por perto e com inveja perguntou ao criador: – Onde vai plantar esta semente? Como vai se chamar? Tupã observando a grande inveja e ganância pela semente, não lhe deu atenção e nada respondeu, e só deu o nome dela quando Mauarí se retirou. Ao entregar a semente aos índios, Tupã disse: – Desta semente nascerá uma imponente árvore que terá o nome Muriti. Será de porte alto e crescerá de 35 a 40 metros de altura. Vai ser a Rainha das florestas desta terra e dela derivará seu nome. No desabrochar de suas palhas, cor verde esmeralda, as do olho terá que formar primeiro uma bela coroa. Esta será vista por todos observadores, depois de aberta e já com forma de uma grandiosa mão protegerá todos desse lugar, e em gratidão pela dádiva recebida deverão respeitar e preservar sua existência. Nossos ancestrais cuidaram logo de plantar a semente, e dela nasceu nossa primeira palmeira de buriti. Desta, várias outras surgiram dando origem ao nosso buritizal, seus cachos com mais de dois metros de comprimento, seus frutos arredondados de escama vermelho rubi, dá uma polpa amarela cor de ouro, utilizada para fabricação de pamonhas, sucos, azeite e doces. A palha serve de coberta para as ocas, o volumoso riacho de forte correnteza tudo irriga, abastecendo com pura água as raízes das palmeiras. Mauarí irritado com a felicidade indígena e com raiva de Tupã por não ter nele confiado, rogou uma maldição naquele verde paraíso, dizendo: – Quando a ganância e a inveja falarem mais alto, os homens tornarem-se ambiciosos pelo poder e não mais se respeitarem, essa harmonia e fartura terá fim. As águas secarão, o fogo queimará, o solo empobrecerá e estas palmeiras não mais produzirão. Tupã, ao tomar conhecimento do mau agouro profetizou: – O presente que entreguei não pode ser maculado. Acredito que sempre haverá homens de boa vontade e de bom coração que tudo farão para impedir essa maldição. As nobres palmeiras resistirão o máximo possível e de pé ficarão, enquanto existir esperança na defesa de sua vida.” Texto: Professor Gildazio e Poeta Neném Calixto CURIOSIDADE Várias cidades do Brasil têm nome em homenagem ao Buriti: Buritizal (SP), Buriti (MA), Buritis (MG), Buriti Alegre (GO), Buriti Bravo (MA), Buritama (SP), Buriti dos Lopes (PI), Buritirama (BA), Buritizeiro (MG). CARACTERÍSTICAS Nome cientifico: Mauritia flexuosa Reino: Plantae Classe: Liliopsida como o Lirio Ordem: Arecales como o cocô Familia: Arecaceae como o Dendê Genero: Mauritia Especie: M. flexuosa O buriti é uma palmeira com 25 a 50 metros de altura, porte elegante, estipe reto e simples. Possui folhas grandes, dispostas em leque, em formato de estrela. Cresce preferencialmente em terrenos pantonosos. As flores reunidas em inflorescência do tipo cacho, de até 3 metros de comprimento, possuem coloração amarelada, surgindo de dezembro a abril. Frutos tipo drupa, globoloso e alongado, com a superfície revestida por escamas castanho-avermelhadas e brilhantes. Polpa alaranjada, envolvendo uma semente globosa e dura, oval e a amêndoa é comestível. Palmeira robusta e elegante de 20-30 m de altura, com tronco (estipe) solitário e ereto, sem ramificação, liso e com anéis uniformemente espaçados, de 30-60 cm de diâmetro. No ápice do estipe encontra-se uma coroa de 20 folhas de até 4 m de comprimento. É uma planta dióica ou polígamo dióica, ou seja, existem indivíduos com flores masculinas e indivíduos com flores femininas e hermafroditas. O fruto é uma drupa globoso-alongada de 4-7 cm de comprimento, constituída de epicarpo (casca mais externa) formado de escamas rombóides de cor castanho-avermelhada; mesocarpo (parte comestível) representado por uma massa espessa de cor alaranjada; endocarpo esponjoso que envolve a semente muito dura. Uma única planta pode conter até 7 cachos de frutos, com uma média anual de produção de 5000 frutos. PRODUTOS MAGNA MATER COM BURITI REFERÊNCIAS https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/buriti https://www.portalburitiense.com.br/2012/07/20/lenda-da-palmeira-buriti-%E2%80%93-o-simbolo-de-nossa-terra/ http://www.concursossedhab.com.br/puvg/arquivos/466439_arquivo0.pdf https://www.ecycle.com.br/2898-buriti https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1103403/1/capburiti.pdf https://naturdata.com/especies-portugal/taxon/0@1-plantae:magnoliophyta:liliopsida:arecales/
- Gerânio
Pelargonium graveolens O Gerânio é um arbusto perene com flores cor-de-rosa pequenas nativo a África do Sul. Das muitas variedades da planta, Pelargonium graveolens é a variedade fragrante da qual se obtém o óleo essencial. Amplamente utilizado na aromaterapia, seu óleo contém uma série de compostos benéficos. Muitas vezes comparado a óleos essenciais de Rosas, o óleo de Gerânio é realmente alternativa acessível ao óleos de Rosas, no entanto a semelhança é real: ambos óleos compartilham diversos traços terapêuticos. A qualidade e performance aromática do Gerânio vai depender sobretudo de onde ele é cultivado e de como é feita a extração. Suas propriedades anti-sépticas, antibacterianas e antifúngicas fazem do gerânio frequente adjuvante no tratamento de acne e outras afecções cutâneas, acelerando a cicatrização de feridas, minimizando a aparência de cicatrizes e manchas escuras, melhorando a circulação sanguínea logo abaixo da superfície da pele e ajudando a promover uma distribuição homogênea de melanina. Em aromaterapia o gerânio é frequentemente utilizado para acompanhar processos de tratamento de ansiedade, depressão, insônia, menopausa e fadiga, promovendo bem-estar emocional, melhorando o humor e a disposição física. Fonte Cathy Wong, ND. The Benefits of Geranium Essential Oil. In: Very well. Último acesso em Janeiro de 2017. Pelargonium graveolens. In: Kew Herbarium Catalogue. Kew Royal Botanic Gardens, UK. Acesso em Janeiro de 2017. http://specimens.kew.org/herbarium/K000417315
- Lavanda
Lavandula officinalis A Lavanda é nativa das zonas montanhosas do Mediterrâneo, onde cresce em habitats ensolarados e pedregosos. Hoje, ele floresce em todo o sul da Europa, Austrália e Estados Unidos. Possui ramos lenhosos com brotos verticais, de haste, verdes e frondosos. O óleo em pequenas flores violáceas dá a erva seu aroma perfumado. As flores são dispostas em espirais de 6 a 10 flores, formando espigas acima da folhagem. Uma série de estudos têm relatado que o óleo essencial de lavanda pode ser benéfico em uma variedade de condições, incluindo insônia, alopecia (perda de cabelo), ansiedade, estresse e dor pós-operatória. Também têm sido conduzidos estudos para investigar propriedades antibacterianas e antivirais. O óleo de lavanda é freqüentemente usado em várias formas de medicina integrativa, como massagem, acupuntura e e outras práticas. Evidências científicas sugerem que a aromaterapia com lavanda pode retardar a atividade do sistema nervoso, melhorar a qualidade do sono, promover o relaxamento e elevar o humor em pessoas que sofrem de distúrbios do sono. Estudos também sugerem que a massagem com óleos essenciais, especialmente lavanda, pode resultar em qualidade do sono melhorada, humor mais estável, melhor concentração e redução da ansiedade. Em um estudo, as pessoas que receberam massagem com lavanda relataram diminuição da ansiedade e maior positivo do que aqueles que receberam apenas massagem sem óleo essencial. A infusão das flores de lavanda foi aprovada na Alemanha como um tratamento para insônia, inquietação e irritações nervosas do estômago. Em aromaterapia usa-se Lavanda para tratar dores de cabeça, distúrbios nervosos e exaustão e auxílio no controle de dores em processos pós operatórios. Além disso, vários usos tópicos para tratamentos de doenças da pele tem sido amplamente documentados, tais como infecções fúngicas (como candidíase), feridas, eczema e acne e em banhos de imersão para dores articulares e musculares. Fonte Lavender In: Complementary and Alternative Medicine Guide. University of Maryland Medical Center. Acesso em 20/01/2017.
- Guaco
Origem: nativo da América do Sul, abrangendo principalmente Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil, em maior quantidade no bioma Mata Atlântica Tipo: trepadeira Uso: medicinal, cosmético O nome popular Guaco é utilizado para se referir a várias espécies de plantas do gênero Mikania é também conhecido como erva-de-serpentes, cipó-catinga ou erva-de-cobra. As flores atraem abelhas e seu odor agradável se torna mais intenso depois da chuva. HISTÓRIA O gênero Mikania tem cerca de 450 espécies na família Asteraceae. Os membros do gênero são troncos e cipós, comuns nas floras neotropicais. Mikania cordifolia e M. glomerata são duas espécies do Brasil usadas sem qualquer distinção entre as duas espécies, que são apenas referidas como guaco. Ambas têm longa história de uso pelos habitantes da floresta. Raul Coimbra escreveu o primeiro artigo validando o uso do guaco como droga expectorante de ervas em 1942. Outros pesquisadores brasileiros publicaram trabalhos sobre os efeitos anti-inflamatórios do extrato de folhas de guaco, em 1992. Em 1998, houve um pesquisa com duas espécies de guaco (Mikania glomerata e Mikania laevigata). A primeira etapa consistiu de cultivo controlado e em grande escala da erva; na segunda, a extração e purificação do extrato, com o objetivo de identificar quimicamente as substâncias ativas; e a terceira teve a finalidade de comprovar as propriedades farmacológicas e toxicológicas, onde se validou seu uso para vários fins. USO A população cabocla e indígena nativa da região Amazônica utiliza a erva como antitóxica para veneno de cobra. Eles preparam chá com as folhas e consomem por via oral, bem como aplicam as folhas ou o suco do caule em compressas diretamente sobre a picada. Fazem infusão de folhas para curar a febre, desconforto gástrico e para o reumatismo. Os povos indígenas da região amazônica na Guiana aquecem as folhas para colocar em erupções e coceiras na pele. É uma erva amplamente utilizada como expectorante, béquico, nas bronquites, asmas e gripes, fazendo parte das espécies peitorais da Farmacopeia. A folha de guaco é uma fonte significativa de cumarina, substância utilizada para produzir um anticoagulante comumente utilizado para diluir o sangue. Os efeitos antiinflamatórios da erva são atribuídos em parte a cumarina. Pesquisas realizadas na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) comprovaram os efeitos do guaco contra câncer, úlcera e infecção por microrganismo, além de prevenção da cárie e da placa bacteriana dos dentes. CONTRA INDICAÇÃO Devido a presença de cumarinas, o guaco é uma planta medicinal contraindicada para pessoas com hepatopatias, trombocitopenia e coagulopatias. Contraindicado também para pessoas que usam anticoagulantes, pois aumenta o risco de sangramento. Não é indicado para menores de um ano de idade e mulheres durante a menstruação. O uso excessivo pode causar taquicardia, vômitos e diarreia. Podem ocorrer acidentes hemorrágicos, quando usado por tempo prolongado. REZA A LENDA Várias tribos indígenas acreditam que ao esmagar as folhas aromáticas frescas e deixá-las em torno das áreas de dormir, o aroma picante irá afastar as cobras. Por esta razão ganhou o nome popular de “cobra cipó” e “erva cobra”. Nativos americanos e colombianos acreditam que o guaco foi nomeado após uma espécie de ritual.Qualquer planta entrelaçando com folhas em forma de coração, branco, verde e roxo, é chamada de guaco por nativos americanos, o que não necessariamente coincide os verdadeiros guacos. A tradição determina que a planta tem poderes como um antídoto para picadas de cobras. Afirma-se que os nativos da América Central, depois do guaco, conquistaram imunidade das cobras mais perigosas, que se contorcem nas mãos, como se tocadas por um ferro quente. Algumas tradições citam que o Guaco alivia o sentimento de solidão e abandono. CARACTERÍSTICAS Nome científico: Mikania glomerata Ordem: Asterales como o Millefolium Espécie: M. glomerata Família: Asteraceae A planta é uma trepadeira arbustiva, perene, lenhosa e sem gavinhas (garras para se prender), com caule volúvel, cilíndrico estriado, castanho e ramoso Apresenta folhas opostas, de cor verde-brilhante, pecioladas, cordiformes, de consistência rígida, quase coriáceas e triangulares, de bordo inteiro e com cinco a sete nervuras na base. Suas inflorescências são brancas e reúnem-se em pequenos buquês agrupados em belos cachos alcançando até 30 cm de comprimento. Seu fruto é do tipo aquênio pentangular, piloso ou levemente glabro com 3 mm de comprimento. REFERÊNCIAS https://ervanarium.com.br/planta/guaco-planta-medicinal/ https://www.portalsaofrancisco.com.br/alimentos/guaco TESKE Magrid; TRENTINI AnnyMargaly M. Herbarium: Compêndio de Fitoterapia. 3ª Edição. Curitiba: Herbarium 1995.. GRANDI, Telma Sueli Mesquita - Tratado das Plantas Medicinais - 1ed Belo Horizonte: Adaequatio Estudio, 2014